domingo, 29 de janeiro de 2017

História da Moda: Anos 40

mulheres na década de 40
mulheres na década de 40
A Segunda Guerra Mundial acabou por limitar a quantidade de tecidos que podiam ser vendidos, pois muitos deles eram destinados à fabricação de artigos de guerra como uniforme para os soldados e paraquedas. A escassez fez com que a silhueta feminina fosse masculinizada, inspirada no estilo militar. Foi comum o uso de duas peças feitas de tecidos simples. Saias justas e casacos com bolsos e golas coloridos ajudaram a dar graça aos trajes da época. Calças e macacões foram muito usados por elas, principalmente para trabalhar.
Mulher usando calça nos anos 40Mulher usando macacão nos anos 40
A falta de cabeleireiros fez com que mulheres começassem a investir no uso de turbantes, lenços e redes no cabelo, além dos sempre presentes chapéus. E as meias de nylon, queridinhas na época, foram substituídas por riscos na perna que imitavam costura. 
Rede no cabelo, anos 40Meia calça desenhada, anos 40

Nos sapatos, a plataforma reinou e as bolsas eram geralmente penduradas no ombro, para facilitar o transporte com bicicleta.
O fim da guerra em 1945 trouxe o "pronto para vestir" com a produção de roupas em escala industrial de diferentes tecidos e tamanhos, afetando a Alta Costura. Quando as consequências da guerra começaram a sumir, Paris conseguiu se reerguer. Surgiu a exposição Le Théâtre de La Mode que viajou o mundo, divulgando as coleções de marcas como Balenciaga, Balmain, Dior e Givenchy.

Foi aí também que apareceu o biquíni, criado por Louis Réard, batizado com esse nome por causa do bombardeio atômico na ilha de Bikini, no Pacífico. 
Biquíni, criação de Louis Réard
Biquíni, criação de Louis Réard

Data de 1947 o famoso New Look, criado por Christian Dior para resgatar a feminilidade da mulher. Caracterizava-se por saia rodada, cintura marcada, ombros e seios naturais, luvas e sapatos de salto alto. 
New Look criado por Dior
New Look criado por Dior
Para os homens, as calças eram largas e de cintura alta, usadas com longos paletós, chamadas de ternos zoot. Por causa da escassez de tecido, os coletes pararam de ser usados. Suéteres eram vestidos por cima de camisas com colarinho para fora e gravatas para dentro.
Terno zootsuéter por cima de camisas

Veja mais posts sobre a História da Moda:
  1. História da Moda: Pré História
  2. História da Moda - ANTIGUIDADE (egípcios, assírios, babilônios e persas)
  3. História da Moda - ANTIGUIDADE CLÁSSICA (Creta, Grécia e Roma)
  4. História da Moda - IDADE MÉDIA
  5. História da Moda: IDADE MODERNA
  6. História da Moda: IDADE CONTEMPORÂNEA
  7. História da Moda: SÉCULO XX – 1900 e anos 10
  8. História da Moda: Anos 20
  9. História da Moda: Anos 30
  10. História da Moda: Anos 50
  11. História da Moda: Théâtre de La Mode
  12. História da Moda: trajes gaúchos
historia da moda anos 40

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Apanhado de links #8



 Primeiro apanhado de links do ano! :)


1 – Eu sou uma pessoa que prega o discurso de que todos os corpos são lindos e que temos que nos amar e nos aceitar e realmente acredito nisso. Embora hoje eu aceite bem mais o corpo que tenho, ainda acho muito mais fácil enxergar beleza nos corpos fora do padrão das outras pessoas do que no meu próprio. Embora eu deseje que cada vez mais pessoas amem seus corpos, lidar com o meu próprio não é fácil. Tem dias em que evito me olhar o espelho, que não saio de casa por vergonha de mim, que deito e choro por me sentir horrível. Esse texto chamado “4 problemas escondidos por trás do discurso ‘ame seu corpo’” esclarece um pouco esse problema e me mostrou que eu não estou sendo hipócrita em defender a causa, ao mesmo tempo em que surto ao me olhar no espelho.
2 – Além de anos de terapia, uma coisa que me ajudou muito a olhar para mim mesma com mais carinho foi a meditação. Vale muito a pena se conectar consigo mesma. Aqui você encontra “como começar a meditar em 6 passos”. Eu particularmente não uso mantras, prefiro observar as reações do meu corpo no momento, perceber minha respiração e notar os pensamentos chegando e indo embora, voltando novamente minha concentração para a respiração.
3 – Introduzir essa “meditação matinal para começar o dia” nas últimas semanas tem me deixado mais bem humorada ao longo do dia (logo eu, a rainha do mau humor)
4 – “Lembrar de respirar” é uma das minhas metas para 2017 e eu tenho conseguido cumpri-la. É importante em momentos de tensão despertarmos para o “aqui” e o “agora” e a respiração só acontece nesse momento. Não adianta se preocupar com o que aconteceu e nem se ansiar pelo que vai acontecer. Fora isso, a respiração adequada tem vários poderes sobre a saúde física e mental e o texto “4 técnicas de respiração para melhorar seu estado emocional” mostram maneiras simples de você usar o oxigênio a seu favor.
5 – Ano passado essa edição da Revista Relevo sobre escritoras mulheres na época Beat fez muito sucesso mas eu só consegui ler inteira agora. Recomendo demais!
6 – "O Jornalismo no Brasil em 2017" é um excelente material que discute sobre jornalismo e nos diz o que esperar dele esse ano. A ideia é da Abraji e do Farol Jornalismo e profissionais de renome assinam os textos. Eu destaco esses: “Ética e Jornalismo”, “Jornalismo de Dados”, “Legacy Media”, “Vídeos na internet” e “Jornalismo e Estética

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Dicas para ter em mãos na hora de escrever ficção

O último livro que li ano passado foi "Sobre a Escrita", de Stephen King. Ele é um pouco soberbo quando dá dicas de escrita. Claro que acredito que ele tenha propriedade para falar do assunto, mas se achar o único a ter técnicas que te tornam capaz de escrever algo brilhante é presunção demais. Mesmo assim aconselho a leitura, porque tem muitas coisas importantes e saber de algumas manias do Stephen o torna mais humans aos nossos olhos de escritores amadores.

O autor descreve seu livro da seguinte maneira: "Parte deste livro — talvez grande demais — trata de como aprendi a escrever. Outra parte considerável trata de como escrever melhor. O restante — talvez a melhor parte — é uma carta de autorização: você pode, você deve e, se tomar coragem para  começar, você vai. Escrever é mágico, é a água da vida, como qualquer outra arte criativa. A água é de graça. Então beba. Beba até ficar saciado".
Porém, vale lembrar que ele não sabe de todas as coisas, né? Então leia, mas não tome tudo como verdade absoluta.


Já falei aqui sobre uma dica preciosíssima dele e que para mim é muito real desde a época da faculdade. Mas separei algumas outras passagens do livro que eu quero guardar para sempre em algum lugar para reler:

"Não existe um Depósito de Ideias, uma Central de Histórias nem uma Ilha de Best-Sellers Enterrados; as ideias para boas histórias parecem vir, quase literalmente, de lugar nenhum, navegando até você direto do vazio do céu: duas ideias que, até então, não tinham qualquer relação, se juntam e viram algo novo sob o sol. Seu trabalho não é encontrar essas ideias, mas reconhecê-las quando aparecem."

"A ideia de que criatividade e substâncias que alteram a mente estão ligados é um dos grandes mitos pop-intelectuais do nosso tempo. Os quatro escritores do século XX cujo trabalho é, em grande parte, responsável pelo mito são, provavelmente, Hemingway, Fitzgerald, Sherwood Anderson e o poeta Dylan Thomas. Eles formaram nossa visão de um deserto existencial de língua inglesa, onde as pessoas estão isoladas umas das outras e vivem em uma atmosfera de estrangulamento emocional e desespero. Esses conceitos são muito familiares para a maioria dos alcoólatras; a reação mais comum a eles é o divertimento. Escritores viciados não passam de pessoas viciadas — bêbados e drogados comuns, em outras palavras. Qualquer defesa de drogas e álcool como necessidade para embotar sensibilidades mais refinadas não passa de conversa auto piedosa para boi dormir. Ouvi motoristas de caminhões limpa-neves alcoólatras dizerem a mesma coisa, que bebem para acalmar seus demônios. Não importa se você é James Jones, John Cheever ou um mendigo bêbado que dorme na estação de trem; para um viciado, o direito à bebida ou à droga deve ser preservado a todo custo. Hemingway e Fitzgerald não bebiam porque eram criativos, alienados ou moralmente fracos. Bebiam porque é isso que bêbados estão programados para fazer. É bem provável que gente criativa de fato esteja mais propensa ao alcoolismo do que gente de outras áreas, mas e daí? Somos todos iguais quando estamos vomitando na sarjeta." 

"Faça agora mesmo uma promessa solene de nunca usar ‘gratificação’ quando quiser dizer 'gorjeta’ e jamais usar 'John parou tempo suficiente para realizar um ato de excreção’ quando quiser dizer 'John parou tempo suficiente para cagar’. Se você acha que 'cagar’ seria ofensivo ou inadequado para seu público, fique à vontade para dizer 'John parou tempo suficiente para se aliviar’ (ou talvez 'John parou tempo suficiente para empurrar’). Não estou tentando fazer com que você use palavrões, mas que seja objetivo e direto. Lembre que a regra básica do vocabulário é: use a primeira palavra que lhe vier à cabeça, se for adequada e interessante. Se hesitar e ponderar, você vai encontrar outra palavra — claro que vai, sempre existe outra palavra —, mas é bem provável que ela não seja tão boa quanto a primeira, ou tão próxima do que você realmente quer dizer." 

"A Legião da Decência pode não gostar da palavra merda, e talvez você também não goste muito, mas algumas vezes não dá para fugir dela — nunca uma criança correu para a mãe para dizer que a irmãzinha defecou na banheira. Talvez ela dissesse fez cocô, mas cagou é, lamento dizer, a fala mais provável (crianças pequenas escutam tudo mesmo). Você tem que dizer a verdade se quiser que seu diálogo tenha a ressonância e o realismo que Hart’s War, por melhor que seja a história, não tem — inclusive sobre o que as pessoas dizem quando martelam o dedo. Se você trocar 'merda' por 'droga' por se preocupar com a Legião da Decência, estará rompendo o contrato tácito que existe entre o escritor e o leitor — a promessa de dizer a verdade sobre as ações e falas das pessoas por meio de uma história ficcional. Por outro lado, um de seus personagens (a tia velha e solteirona do protagonista, por exemplo) talvez diga mesmo 'droga' em vez de 'merda' depois de martelar o dedo. Você vai saber o que usar se conhecer bem seu personagem, e nós vamos aprender alguma coisa sobre o falante que o tornará mais vívido e interessante. O objetivo é deixar cada personagem falar livremente, sem preocupação com o que a Legião da Decência do Círculo de Leitura das Senhoras Cristãs aprovaria."

"Muitos anos se passaram — anos demais, eu acho — até que eu perdesse a vergonha do que escrevia. Acho que só depois dos 40 anos me dei conta de que praticamente todos os escritores de ficção e poesia que já publicaram uma linha que seja foram acusados de desperdiçar o talento que Deus lhes deu. Se você escreve (pinta, dança, esculpe ou canta, imagino eu), alguém vai tentar fazer com que você se sinta mal com isso, pode ter certeza. Não estou me lamentando aqui, apenas tentando mostrar os fatos como os vejo."

"Se você nunca tiver feito isso antes, vai descobrir que ler seu livro depois de um intervalo de seis semanas é uma experiência estranha, às vezes arrebatadora. É seu, você reconhecerá como seu, talvez seja até capaz de lembrar qual música estava tocando quando escreveu certos trechos, e ainda assim vai parecer o trabalho de outra pessoa, talvez uma alma gêmea. É assim que deve ser, é por isso que você esperou. É sempre mais fácil matar os queridinhos de outra pessoa do que os seus."

"Em alguns dias, a escrita é um caminho longo e muito sombrio."

"A escrita não é para fazer dinheiro, ficar famoso, transar ou fazer amigos. No fim das contas, a escrita é para enriquecer a vida daqueles que leem seu trabalho, e também para enriquecer sua vida. A escrita serve para despertar, melhorar e superar. Para ficar feliz, ok? Ficar feliz."

Obs.: Grifos meus para destacar mas ainda o que eu já tinha destacado. Sou dessas.

Sempre que escrevo ficção para outras pessoas lerem, reluto em usar algumas palavras mais "pesadas", mas me senti autorizada ao ler os trechos acima que falam sobre isso. Se um cara foda como Stephen King pode, por que diabos eu não poderia? Tem muito a ver com o sentido da cena, com a emoção do momento e com o que realmente seu personagem falaria se você não se preocupasse com a censura dos outros. Sempre me lembro de O Almoço Nu,  de William Burroughs, que ainda não terminei de ler. Se ele tivesse substituído todas aquelas milhares de palavras pesadas, o livro nem sentido teria.

Sobre esperar um tempo depois de escrever seu livro e relê-lo: quando fiz isso, tinha esquecido de detalhes importantes na história e senti como se estivesse lendo algo totalmente novo, escrito por outra pessoa. Claro que eu ia me lembrando conforme a leitura avançava, mas essa técnica me fez admitir que alguns trechos estavam muito bem escritos, de maneira que achei que nunca seria capaz de escrever. Serve para enxergar brechas na história e excessos também. É mágico.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Algumas estatísticas e informações (ainda de 2016)

Segundo o LAST.FM, essas foram as minhas músicas, albúns e artistas mais ouvidos de 2016  (lembrando que ouço mais música no carro enquanto dirijo ou via Youtube. Quero scrobbles desses meios já!). Não condiz muito com a realidade porque falta muita coisa:

So Far Away realmente foi a música que mais ouvi esse ano, inclusive enquanto dirigia.

Posso ter ouvido muitas músicas no computador durante a noite, mas pela manhã, enquanto ia e voltava do curso, com certeza ouvi bem mais! Sexta é o dia que mais ouço música e parte disso devo ao mops, que chega às sextas em meu e-mail.


Sevenfold sempre liderando nas minhas músicas ♥. Se contasse o tanto que ouço no carro, ia dar pane no Last.FM (exagerada nem um pouco)













O Skoob também tem essas estatísticas com os livros, mas só com aqueles que você marca como meta para ler durante o ano. Aqui estão os prints dos meus resultados:
Skoob também não bateu com a minha realidade, que está nesse post de ontem, porque não marquei tudo que li como meta. Mas se aproximou bastaste. Em compensação, tantos outros livros ficaram sem serem lidos, como mostra essa última imagem.

domingo, 1 de janeiro de 2017

Os livros de 2016

Ano incrível para a leitura! Tentei ler mais mulheres. Espero que nesse ano que se iniciou, além de ler mais mulheres ainda, eu leia mais autores nacionais (inclusive homens). Eis a lista de livros (com ♥ nos favoritos):
  1. Crime e Castigo – Fiodór Dostoiévski ♥
  2. As vantagens de ser invisível – Stephen Chbosky ♥
  3. Philia – Padre Marcelo Rossi ♥
  4. Ruah - Padre Marcelo Rossi
  5. Ágape - Padre Marcelo Rossi
  6. O Impacto de Deus – José Moreira Guedes Filho (Juninho)
  7. A civilização Maia - Paul Gendrop
  8. On the road (Pé na estrada) – Jack Kerouac ♥
  9. Mulheres, comida e Deus – Geneen Roth ♥
  10. O maior vendedor do mundo – Og Mandino
  11. Personal Stylist – Guia para consultores de imagem – Titta Aguiar
  12. A Mágica da Arrumação – Marie Kondo ♥
  13. Incas e Astecas – Jorge Luiz Ferreira
  14. Manson - Jeff Guinn ♥
  15. Alucinadamente Feliz – Jenny Lawson ♥ ♥ ♥
  16. O Preço do Consumo – Ivan Jaf e Daniela Palma
  17. O Livro da Avó – Luis Silva
  18. A Mulher que Matou os Peixes – Clarice Lispector
  19. A Arte de Pedir – Amanda Palmer ♥
  20. Trabalho Honesto - Rodrigo van Kampen ♥
  21. A Redoma de Vidro – Sylvia Plath ♥
  22. A Revolução dos Bichos – George Orwell
  23. A Metamorfose – Franz Kafka
  24. O que é feminismo? - Branca Moreira Alves e Jacqueline Pitanguy
  25. Vista Quem Você É – Cris Zanetti e Fê Rezende ♥
  26. Zumbis x Unicórnios - Holly Black e Justine Larbalestier
  27. A coragem de ser imperfeito – Brené Brown
  28. O Livro Branco - 19 contos inspirados em músicas dos Beatles + bonus track – Vários Autores
  29. Caderno de Roupas, Memórias e Croquis – Ronaldo Fraga ♥
  30. Sobre a Escrita - Stephen King ♥
HQ's lidas:
Sandman 1 - O Sono dos Justos
Sandman 2 – Anfitriões Imperfeitos
Sandman 3 - ...Dream a Little Dream Of Me.
Sandman 4 – Uma Esperança no Inferno
Sandman 5 – Passageiros
Sandman 6 – Esperando o Fim do Mundo
Sandman 7 – Som e Furia

Curiosidades:
Foram 30 livros, dos quais:
  • 16 foram escritos por homens, embora tenham 13 autores homens diferentes;
  • 2 tiveram vários autores, mas um deles foi organizado por duas mulheres que levam o crédito da autoria (Zumbis x Unicórnios);
  • O livro Caderno de Roupas, Memórias e Croquis do incrível Ronaldo Fraga tem o projeto gráfico, a editoria, a coordenação de produção, a produção editorial (com assistência), a revisão de texto e a coordenação feito por mulheres! A concepção (do Ronaldo) e a revisão final foram feitas por homens.
  • 12 foram escritos por mulheres (contando com Zumbis x Unicórnios), com 15 autoras diferentes.
  • O livro O Preço do Consumo foi escrito por uma mulher (Daniela Palma) mas ilustrado por Ivan Jaf.
Espero também ler mais HQ's em 2017, porque a experiência foi positiva!

E que o ano de 2017 nos traga muitas alegrias, melhoras no cenário político e econômico, momentos bons e de conquistas, boas vibrações, muito amor (por nós mesmos e pelo próximo). Que Deus nos ajude a trilhar nossos caminhos, nos guiando em cada passo. 
fotos da minha virada de ano com a minha mãe ♥