O excesso de privilégios do clero e da nobreza
francesas deu origem a Revolução Francesa, que gerou a Idade Contemporânea. Em
1790, o que valia era vestir-se com conforto, contrariando os excessos vindos
do Rococó. As roupas sofreram influências da vida no campo.
Os homens vestiam casacos de caça ingleses, botas,
calças, golas altas e lenços no pescoço.
As mulheres usavam vestidos que lembravam camisolas, com
grandes decotes e recortes de cintura alta logo abaixo dos seios, geralmente de
cor clara e de tecidos como musseline. Quando o vestido era de manga curta, costumavam usar luvas.
O xale foi uma peça muito importante, que vinham da
índia, com estampas de caxemira. Logo os franceses passaram a fabricar seus
próprios xales.
Napoleão, que governava a França, tomou decisões que
atingiam diretamente a moda da época. Ele tinha intenção de desenvolver a indústria
têxtil em seu país, portanto, proibiu a importação de musseline. Ele queria
incentivar a produção de seda. Nessa época, as damas da corte não podiam
repetir o uso de suas vestimentas em público.
Os xales foram usados durante todo o período |
Os vestidos dessa época lembravam camisolas |
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ROMANTISMO
Nesse período, que durou de 1820 a 1840, os vestidos ganharam
ornamentos e saias cônicas, com decotes menores, mangas bufantes compridas
e justas nos punhos. A partir de 1930, as mulheres eram responsáveis por
demonstrar a riqueza da família. Estampas listradas e florais faziam sucesso. A
cintura volta para seu lugar, marcada pelo corpete. As saias com anáguas voltam
a moda.
As mangas passaram a ser extremamente bufantes (chamadas de Mangas
Presunto) e eram preenchidas com plumas e fios metálicos. Para a noite os
decotes em forma de canoa e bem acentuados eram permitidos e o xale podia ser
rendado. As joias da época foram os relicários, as pulseiras, os broches e os adornos
ficaram por conta de laços, fitas e flores. Os cabelos formavam cachos que
caiam no rosto, com chapéus de palha ou cetim do tipo boneca amarrados no
queixo. Sapatos de salto baixo e leque completavam o visual.
A moda masculina teve maior transformação. Na
Inglaterra o estilo Dândi apareceu. Os trajes deles eram sóbrios, com roupas justas, casaco,
colete, cartola, calça comprida, camisas com altas golas e lenços no pescoço
que deixavam a cabeça levemente erguida. Essa moda permaneceu sem muitas
alterações até o fim do período romântico. A partir de 1830 o uso de barbas
tornou-se comum.
chapéus tipo boneca |
Os trajes dos dândis
ERA VITORIANA
Até 1890 a moda foi marcada pelo estilo de vida caro e
festeiro do príncipe de Gales, Edward. Em 1861 ele morreu e a rainha Vitória
(da Inglaterra) entrou em uma profunda tristeza, marcada pelo luto. Na moda os
decotes sobem e as cores escurecem, vestindo assim britânicos e americanos.
Crianças
usavam preto por um ano após a morte de um parente e viúvas mantinham o luto
por dois anos, podendo optar por usá-lo permanentemente. A crinolina (armação
de aros de metal usada embaixo da saia para dar volume, parecida com uma gaiola) passou a ser usada.
O ideal de beleza para as mulheres era de ser pequena com olhos grandes e
escuros, boca minúscula, ombros caídos e cabelos cacheados. Era elegante ser
pálida e desmaiar facilmente. Boa saúde era para as classes baixas.
Com o tempo, os vestidos femininos passaram a ter
profundos decotes, com o colo em evidência. Ombros e braços passaram a aparecer
e os tecidos mais usados eram a seda, o tafetá, o brocado, o crepe e o musseline.
Este período marca o surgimento da Alta Costura com o costureiro inglês Charles
Frederick Worth, que em 1850, passou a
ditar moda em Paris fazendo as mulheres irem até ele para comprar. Esse foi o
primeiro conceito de grife. A crinolina deixou de ser completamente circular e
passou a ter volume maior na parte de trás e a ser mais reta na frente. Por
volta de 1870, o volume da parte de trás diminuiu, se assemelhando a uma
almofada e passou a ser chamada de anquinha - feitas de crina de cavalo no início e em
seguida de arcos de metal unidos por uma dobradiça que permitia que ela se
abrisse ou se fechasse quando a mulher sentava. Os tecidos dos vestidos mudaram
para os que antes eram usados apenas em decoração de estofados e cortinas. Os
espartilhos eram indispensáveis e os detalhes cresciam cada vez mais, com o uso
das rendas, laços e babados. Os acessórios eram compostos de leques, sapatos de salto alto,
sombrinhas, caudas nos vestidos e pequenos chapéus para o dia.
A moda escureceu no início da era vitoriana |
A crinolina era usada por baixo de saias e mais parecia uma gaiola gigante |
Devido ao luto da rainha Vitória por seu filho Edward, o povo passou a se vestir de preto |
Essa foto mostra que nem tudo era tristeza na era vitoriana |
Mais para o final do período vitoriano, o volume passou para a parte de trás das saias e os detalhes como babados e rendas aumentaram
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LA BELLE
ÉPOQUE
A Bela Época representou o período de 1890 até 1914, chegando
ao fim com a Primeira Guerra Mundial. Neste momento surge a Art Nouveau, onde a
referência passou a ser a natureza e suas linhas curvas. As mulheres adotaram
isso em suas vestimentas.
A cintura feminina se tornou mais fina e atingiu a
menor circunferência já vista em toda a história: cerca de 40 cm. Mulheres
removiam suas costelas flutuantes para conseguir esse resultado e abusavam do
uso de espartilhos. O formato ampulheta, onde ombros tem volume, a cintura é muito
fina e os quadris são grandes vira ideal de beleza. A cobertura corporal
era quase completa: apenas o rosto e as mãos apareciam, isso quando a mulher
não estivesse de luvas. As golas eram muito altas e cobriam o pescoço. Detalhes
como laços, babados, fitas e rendas foram muito usados.
Mais tarde, o hábito de praticar esportes trouxe
para as mulheres a veste de duas peças, com ar masculino. O tailleur (casaco e
saia do mesmo tecido) foi adotado para o dia-a-dia. O banho de mar era um hábito,
com as roupas feitas de malha e fios de lã, cobrindo o tronco e chegando na
altura dos joelhos. Eram completados com meias e sapatos e muitas vezes com uma
capa cobrindo tudo. Por influência dos banhos de mar as anquinhas foram
substituídas por uma saia em formato de sino, bastante apertada, que quase
impedia o caminhar das mulheres. Nas cabeças, chapéus floridos cobriam coques.
Surgia então, a moda marinheiro. Entram novos estilistas na Alta Costura, como
Jacques Doucet e John Redfern. É nesse momento que a moda infantil, pela
primeira vez na história, começa a deixar de ser cópia da roupa dos adultos.
O traje masculino era composto por sobrecasaca e
cartola ou terno. As calças eram retas e com vinco na frente. Os cabelos curtos
e o uso do bigode eram bastante populares.
As cinturas atingiram seu ápice e passaram a medir cerca de 40cm
A cobertura do corpo era quase completa, deixando apenas mãos e rosto a vista |
Para os homens, calças retas com vinco na frente, bigodes e cartolas |
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