Foto por Yuyeung Lau via Unsplash |
Estar bem me surpreende porque eu estive muito tempo acostumada a estar mal. É estranho ter convivido durante anos com episódios depressivos sem ter de fato uma melhora contínua e de repente estar ótima, bem-disposta, vivendo e não apenas sobrevivendo. Tá, não foi de repente, é muita terapia envolvida e muito crédito meu também que tenho me esforçado e feito a lição de casa da melhor maneira possível, vai... É incrível viver dias coloridos e não apenas azuis (I don’t wanna feeling blue anymore!).
Nesse meio tempo eu virei a louca dos óleos essenciais, me voltei de novo à escrita ainda que não torne isso público com frequência (tô curtindo um relacionamento mais monogâmico com as palavras), voltei a sair de casa – inclusive frequentando bares de novo pois xóvem (aff the hype feelings) -, aprendi a conciliar faculdade e trabalho (eu acho, pelo menos esse ano não tive grandes problemas haha), fui em dezenas de médicos para fazer um check up por completo da minha saúde (tudo ok), finalmente tô aprendendo a lidar com a minha alimentação sem fazer dela minha inimiga (esperei a vida toda por esse momento).
Sobre escrever, li essa frase durante uma aula: “Aprendi que, para aprender a escrever, tinha de escrever. Não adiantava só ficar falando de como é bonito”. A citação é de Moacyr Scliar e ela mexeu comigo, bateu fundo, sabe como?
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Parei de jogar a culpa nos outros e nas situações. Peguei elas para mim. Tô buscando soluções. Sendo até mais egoísta – e por que a gente acha que egoísmo sempre é ruim? É não. Um pouco é necessário. Olhar pra gente é essencial. É autocuidado e autoamor.
Outra coisa que parei foi de ser permissiva demais. Ainda sou boazinha, mas tento não dar tudo de mim para os outros. É um tijolinho por dia, mas vou conseguir impor meus limites. Percebi que rola muito isso comigo, de ser muito doadora, sabe? Um papel que nós mulheres somos destinadas a fazer. Só que a gente tem a possibilidade de mudar esse destino. Não podemos esquecer que somos as netas das bruxas que eles não conseguiram queimar, como já nos avisaram outras mulheres lindas no Instagram.
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Meus outros assuntos do momento são minhas aulas da faculdade e não sei se elas são muito interessantes para quem não é da área. Quero dizer... química orgânica não é lá muito divertida. Fitocosmetologia é apaixonante, confesso, mas nem todo mundo quer saber sobre a anatomia das plantas. Por falar em anatomia, tá aí uma matéria tabu que estou estudando: anatomia humana. Falar sobre corpos humanos e seu funcionamento não costuma ser agradável pras pessoas. Contar das minhas experiências em laboratório aqui em casa não deu muito certo. Me fez lembrar constantemente de Caitlin Doughty e seus livros sobre morte: Confissões do Crematório e Para Toda a Eternidade. É mais que urgente normalizarmos algo tão natural quanto o morrer. Não é fácil quando se trata de quem amamos, lógico que não, não sou nem louca de defender isso. Mas precisamos conversar sobre isso e principalmente tratarmos da nossa própria morte para poupar os outros de terem de lidar com ela para além do sofrimento que já vão ter que passar,...
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E no meio dessa confusão de tópicos, finalizo o post de hoje! Até breve!
Já pensou em trocar de faculdade? (Risos)
ResponderExcluirEu espero que consiga avançar bem na depressão. Se estiver precisando de ajuda pode passar no meu blog que eu passo meu número pra te ajudar. Passei também durante anos, e ficar mexendo no blog e compartilhando um pouco disso com meus leitos, está me fazendo bem receptiva.