No dia 4 de julho
eu acordei às 7 horas da manhã, já toda ansiosa. Separei figurino, acessórios,
algumas maquiagens, roupas para tomar banho e produtos básicos de higiene.
Cheguei no Auditório Pedro Salomão José às 10h. E o dia foi uma correria só!
Era pérola do espelho soltando, era luzinha que eu esqueci de colar, eram
ensaios. Mas cada segundinho daquela correria insana valeu a pena. Chorei quando
senti a emoção à flor da pele. Não era um choro para aliviar, era aquele choro
em que as lágrimas simplesmente brotavam e escorriam sem que eu pudesse
interferir. Emoção mesmo, sabe? Minha primeira peça, uma personagem fantástica,
uma história linda embalada pelas músicas do O Teatro Mágico. Eu não disse a
todos os atores que estiveram comigo como sou grata eles por aceitarem essa
menininha tímida e por partilharem aquele momento comigo, cada um dando tudo de
si.
Perto da hora de
abrir as portas para o espetáculo, cada ator se posicionou em um lugar do
auditório. Eu fiquei em uma das escadas da entrada. Todos imóveis. Lágrimas
subiam e eu nem sei como consegui segurar.
Eu via cada pé de pessoas adentrando o local passar por mim, eu sentia
as luzes dos flashes de pessoas fotografando, eu ouvia as vozes. Então, tudo
escureceu e a peça começou. Emoção foi ouvir as duas músicas iniciais, que nada
tinham a ver com O Teatro Mágico. A primeira, para as pessoas entrarem, era Asa
Branca. A segunda, na primeira cena, era Luar do Sertão (a história se passa no
sertão). Era apenas Ana e seu pai, Zé Gusmão, no palco. No fim dessa cena
tocava Ana e o Mar e então os personagens “despertavam”, saiam de seus lugares
e se dirigiam ao palco. Dos fundos do teatro, um tecido enorme e azul, que
simbolizava o mar, passou sobre a plateia. Eu, que vim lá da entrada, ouvi as
risadas e os gritinhos de surpresa das pessoas e senti que tudo dali em diante
seria incrível. A próxima cena enfim era da Chiara (minha personagem), numa
pequena apresentação nada amigável, afinal, mesmo “travestida” de sereia, ela era
na verdade uma bruxa má. Eu poderia escrever a peça inteira aqui, colocar uma
por uma das músicas tocadas do OTM, passar por cada pequeno detalhe, mas ia
ficar cansativo demais. Então, vamos as fotos (legendadas):
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Fila na entrada! :D |
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Oração dos atores antes de começar a peça! |
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Na entrada. Chiara em uma das escadas que dá acesso ao teatro. |
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Detalhes da make. JURO que eu estava de olhos abertos nessa foto, só olhando para baixo. Mas esses cílios ENORMES me deixaram com carinha de "tou dormindo". |
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Chiara se apresentando como soberana dos sete mares |
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Chiara nos fundos, Ana, Zé Camarada e Bicudinha, a ararinha azul! |
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Bicudinha entregando um anel que dava poderes para entrar no fundo do mar à Ana |
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No final tivemos uma dança de guarda-chuvas com luzinhas e no momento dessa foto abrimos eles, fazendo uma chuva de papéis brilhantes cairem sobre Ana e seu pai, Zé Gusmão, simbolizando uma chuva real que caia no sertão, trazida pelo mar. |
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Detalhes da escova e do espelho (esse último eu tive que quebrar num momento de raiva da minha personagem! Que dó que deu depois... hahaha!) |
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guarda-chuva em camadas de cetim (quase morri pra faze-lo!). Ele ainda tem pérolas penduradas nas pontas, lindo demais (ainda mais com luz dentro)! |
A autoria dessa peça incrível é de
Jéfferson Radan.
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