Stacy London na época em que apresentava What Not to Wear |
Stacy London, por exemplo, foi apresentadora de um programa chamado What Not to Wear, com a mesma pegada de Esquadrão da Moda (inclusive, ele foi transmitido no Brasil com esse nome na tradução pelo canal Discovery Home and Health). Assim que deixou de apresentar o programa, em 2017, Stacy refez seu estilo. Ela disse que não aguentava mais usar certas peças de roupa: “Depois de dez temporadas de What Not to Wear, eu cansei dos vestidos com silhueta A, saia lápis, tops florais e saltos altos. Aquilo não combinava comigo quando eu não era a Stacy em frente às câmeras, mas eu sentia a pressão para aparecer daquele jeito no geral”. Percebe a prisão em que ela estava para estar em um programa onde supostamente ela ajudava as pessoas a encontrarem seus próprios estilos? Ela comenta, em certo ponto de uma entrevista que deu ao Man Repeller, que “Seria bobo pensar que meu estilo ficaria estático”. E é verdade, ninguém fica com o mesmo estilo sem sofrer mutações por tantos anos, as pessoas mudam, suas vidas mudam, seus estilos às acompanham, simples assim.
O grande problema desses programas é que, ao jogar fora todas as roupas das pessoas sem tentar reaproveita-las em novos looks eles jogam fora junto toda uma história, tanto da peça, quanto da própria pessoa que a usa, toda sua identidade exteriorizada, tudo o que ela quer dizer pro mundo.
Acho assim: tudo bem querer se vestir melhor, se sentir mais adequada com a vida que se leva. Mas a maioria dos participantes desses programas não querem realmente isso e são convencidos a se moldarem ao que os outros querem, sejam amigos, sejam familiares. Fora os julgamentos que eles passam antes da transformação. Eu não assisto mais esse tipo de programa, mas da última vez que vi eles eram cruéis, mexiam com o psicológico do participante. A estética das roupas de qualquer um pode mudar e evoluir sim, mas levando em consideração o que a pessoa gosta, se ela quer e o quanto quer mexer no próprio armário e sem jamais ferir a autoestima da pessoa para incitá-la a mudar.
A moda é uma linguagem. Se você vir os posts de história da moda daqui do blog facilmente vai identificar através das fotos de pessoas trajando seus vestuários os períodos históricos aos quais pertencem. O mesmo vale para um indivíduo. O que você veste, mesmo que inconscientemente, expressa quem você é, fazendo facilmente você ser reconhecido assim. Tirar todas as roupas que uma pessoa possui é como tirar parte de sua história de vida, por isso critico tanto o método utilizado nesses programas. Isso se torna pior quando a pessoa tem um estilo pré definido e alternativo, como acontece em culturas que cultuam o período gótico ou o punk, por exemplo. Tirar delas essa representação é tirar o direito de poder se expressar de acordo com aquilo que ama e acredita, percebe a gravidade? Sobre isso, lembrei desse texto de 2014 do Moda de Subculturas que explica muito bem essa questão da moda nesses programas com o adendo do viés alternativo. Vale a pena conferir.
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Stacy London pós What Not to Wear em ensaio para o Man Repeller - mais livre para vestir o que quiser |
O grande problema desses programas é que, ao jogar fora todas as roupas das pessoas sem tentar reaproveita-las em novos looks eles jogam fora junto toda uma história, tanto da peça, quanto da própria pessoa que a usa, toda sua identidade exteriorizada, tudo o que ela quer dizer pro mundo.
Acho assim: tudo bem querer se vestir melhor, se sentir mais adequada com a vida que se leva. Mas a maioria dos participantes desses programas não querem realmente isso e são convencidos a se moldarem ao que os outros querem, sejam amigos, sejam familiares. Fora os julgamentos que eles passam antes da transformação. Eu não assisto mais esse tipo de programa, mas da última vez que vi eles eram cruéis, mexiam com o psicológico do participante. A estética das roupas de qualquer um pode mudar e evoluir sim, mas levando em consideração o que a pessoa gosta, se ela quer e o quanto quer mexer no próprio armário e sem jamais ferir a autoestima da pessoa para incitá-la a mudar.
A moda é uma linguagem. Se você vir os posts de história da moda daqui do blog facilmente vai identificar através das fotos de pessoas trajando seus vestuários os períodos históricos aos quais pertencem. O mesmo vale para um indivíduo. O que você veste, mesmo que inconscientemente, expressa quem você é, fazendo facilmente você ser reconhecido assim. Tirar todas as roupas que uma pessoa possui é como tirar parte de sua história de vida, por isso critico tanto o método utilizado nesses programas. Isso se torna pior quando a pessoa tem um estilo pré definido e alternativo, como acontece em culturas que cultuam o período gótico ou o punk, por exemplo. Tirar delas essa representação é tirar o direito de poder se expressar de acordo com aquilo que ama e acredita, percebe a gravidade? Sobre isso, lembrei desse texto de 2014 do Moda de Subculturas que explica muito bem essa questão da moda nesses programas com o adendo do viés alternativo. Vale a pena conferir.
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- Nesse link da Elle Brasil tem mais sobre a Stacy London, e sua mudança pós What Not to Wear/Esquadrão da Moda
- E aqui a entrevista original publicada no Man Repeller da Stacy.
Olá Graziele,
ResponderExcluirAqui no Brasil tem o Esquadrão da Moda, apesar de nunca tê-lo assistido conheço amigas que sempre comentam. Gostei da postagem.
Um beijo,
www.purestyle.com.br
Sim, tem mesmo! Eu já assisti e segue o mesmo jeitinho desses estrangeiros, sabe?
ExcluirBeijos! ♥