quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Recomendo: 7 filmes para assistir no Netflix

Oi oi gente! Hoje eu trouxe uma listinha com filmes disponíveis no Netflix que eu assisti, amei de paixão e recomendo a todo mundo. Tentei fugir de nomes óbvios como Okja (embora eu também tenha gostado desse filme) que já está presente em 11 a cada 10 listas por aí, hahaha. Vamos lá? 

1 – Christine: O Carro Assassino 

Christine: O Carro Assassino
 
É exatamente o que o título sugere: um carro com nome, de modelo Plymouth Fury, feito em 1957, que desde sua linha de montagem começou a matar pessoas. Christine tem personalidade, sentimentos e ciúme. MUITO CIÚME. O dono de Christine morre (adivinhem onde? Isso mesmo, dentro de Christine - e isso ficou com duplo sentido, desculpem) e ela fica por um tempo parada no quintal do irmão de seu ex dono. Arnie, um garoto nerd, avista o carro nesse quintal e decide comprar Christine! Daí pra frente é só tensão!

Minha nota no Filmow: 4 de 5 estrelas. Link para assistir no Netflix

2 - Grandes Olhos

Grandes Olhos

Dirigido por Tim Burton, esse filme conta a história real da pintora Margaret Ulbrich que durante anos teve suas obras creditadas ao seu marido da época, Walter Keane. O nome do filme faz referência à principal características das obras de Margaret: olhos gigantes. Para ela, os olhos captavam o mais íntimo das pessoas. É desses filmes que você começa achando tudo muito lindo, tudo muito fofo, mas depois você fica com muita raiva e no final você sente orgulho. Assistam e vejam se não é essa a sequência de sentimentos!

Minha nota no Filmow: 3,5 de 5 estrelas. Link para assistir no Netflix.

3 – Jane Eyre

Já resenhei aqui o livro, escrito por Charlotte Brontë, e o filme, apesar de mais corrido, é bem fiel, com ótima fotografia e excelente figurino. Conta a história de uma órfã que estudou em um colégio interno até se tornar preceptora de uma garotinha chamada Adelle, filha de Edward Rochester. Jane e seu patrão acabam se apaixonando, mas um grande segredo os impede de ficarem juntos.

Minha nota no Filmow: 4 de 5 estrelas. Link para assistir no Netflix.

4- Chamada de Emergência

Chamada de Emergência
O filme narra o sequestro de uma menina, chamada Casey, por um criminoso. Enquanto Casey está presa no porta-malas do carro do assassino, consegue telefonar para a polícia. Jordan, a operadora de chamadas, já perdeu uma vítima para o mesmo serial killer e espera conseguir livrar a pessoa que telefonou das mãos do psicopata.

Minha nota no Filmow: 3,5 de 5 estrelas. Link para assistir no Netflix.

5 – Fuga de Alcatraz

Fuga de Alcatraz

Conta a história real de Frank Morris, que tem um alto histórico de fugas de prisões, até ser enviado para a segurança máxima de Alcatraz, localizada em uma ilha. Ele analisa os pontos fracos da prisão e arma uma nova fuga, dessa vez com outros criminosos.

Minha nota no Filmow: 3,5 de 5 estrelas. Link para assistir no Netflix.

6 - Razão e Sensibilidade

A Vida Secreta das Abelhas
Jane Austen, né mores. Nesse filme vemos a história de uma viúva e suas três filhas que passam por dificuldades financeiras após a morte do mentor da família. Uma das irmãs, a mais velha, é a razão, enquanto a filha do meio é a sensibilidade. No meio disso, elas vão viver suas vidas, encontrando amigos e amores por onde passam.

Minha nota no Filmow: 3 de 5 estrelas. Link para assistir no Netflix.

7 – A Vida Secreta das Abelhas

A Vida Secreta das Abelhas
Um dos filmes mais lindos que já vi! Conta a história de Lily Owens, 14 anos, que foge de uma casa com criação rígida para descobrir mais sobre a vida de sua mãe. Lily acaba indo parar na casa de três irmãs que criam abelhas e a partir daí ela vai aprendendo mais, não só sobre a vida das abelhas, mas sobre a vida humana em geral! Um bônus: a história se passa nos anos 60.

Minha nota no Filmow: 4 de 5 estrelas. Link para assistir no Netflix.

E aí, o que acharam da lista? Já viram esses filmes? Me indiquem outros pra assistir no Netflix nos comentários! ♥

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Resenha: Confissões do Crematório de Caitlin Doughty

livro Confissões do Crematório de Caitlin Doughty - Editora Darkside Books






A gente evita pensar na morte, um tema que é muito tabu na nossa sociedade. Para refletir isso, Caitlin Doughty, ex operadora de forno de crematório e youtuber no canal Ask a Mortician, escreveu o livro Confissões do Crematório. Nele, ela tenta nos aproximar do tema, suavizando a ideia que temos sobre a morte ser algo obscuro. Na verdade, um velho ditado cabe bem aqui: “a única certeza que temos na vida é a morte”. Todos vamos morrer e alguém vai ter que lidar com nosso sepultamento ou cremação. Não seria mais fácil deixarmos nossos familiares e amigos sentirem a dor da perda, ao invés de terem que lidar com preparativos para o funeral e assinar documentação? Pois a autora nos fala justamente isso: é preciso pensar em nossa própria morte.

“Embora você possa nunca ter ido a um enterro, dois humanos no planeta morrem por segundo. Oito no tempo que você levou para ler essa frase. Agora, estamos em quatorze.”

Caitlin nos leva a uma viagem com ela, desde sua infância – onde desenvolveu um Transtorno Obsessivo Compulsivo por não saber como lidar com a morte – passando por sua faculdade em História Medieval, onde ela devorou tudo sobre o tema morte – culminando em seu trabalho no crematório e em seus outros estudos e engajamentos sobre a indústria. Ela nos mostra o quanto é importante explicarmos para as crianças sobre a morte, ainda que obviamente precise ser de uma maneira mais sutil, mas sem usar a famosa história de “virou florzinha” (ou qualquer variante dela). 
 
livro Confissões do Crematório de Caitlin Doughty - Editora Darkside Books

 
Em suas críticas sobre a indústria obituária nos Estados Unidos, Doughty nos fala sobre como os cadáveres são preparados para que no velório pareçam vivos. Se você já foi a um funeral, deve ter ouvido a frase “olha como está sereno no caixão, parece até que está sorrindo” ou “parece que está só dormindo”. Na verdade, tudo é feito para que realmente pareça assim, desde o embalsamento, que conserva o corpo por muito tempo, até a maquiagem e os preenchimentos internos para dar mais volume, principalmente no rosto da pessoa. Catilin defende que tratar a morte dessa forma faz com que não vivenciemos nossos lutos da maneira que deveriam ser vivenciados. Todo esse mascaramento é feito para não termos que lidar com o fim da vida.

“Um cadáver não precisa que você se lembre dele. Na verdade, não precisa de mais nada – fica mais do que satisfeito de ficar ali, deitado, apodrecendo. É você que precisa do cadáver. Ao olhar para o corpo, você entende que a pessoa se foi, que não é mais uma participante ativa no jogo da vida. Ao olhar para o corpo, você se vê nele e sabe que também vai morrer.”


Falando assim, até parece que o livro tem uma narrativa pesada e desconfortável, mas posso garantir que não. Ok, algumas partes são meio explícitas, mas todas suavizadas com a escrita de Doughty. Ela nos conduz às suas histórias sobre a morte com a maior leveza possível, nos apresentando a um cenário detalhado, nos familiarizando com outros personagens envolvidos (vivos e não vivos, haha!) e até sendo cômica em diversos momentos. O humor dela é bem peculiar (o famoso humor negro), é verdade, mas acredito que quando a pessoa vive cercada pela morte, esse é o único humor possível. 
 
livro Confissões do Crematório de Caitlin Doughty - Editora Darkside Books



“A morte é o motor que nos mantém em movimento, que nos dá motivação para realizar, aprender, amar e criar.”

Ficha Técnica
Título: Confissões do Crematório
Autora: Caitlin Doughty 
Tradutora: Regiane Winarski 
Editora: DarkSide Books
Ano: 2016
Páginas: 260