Eu era caloura em uma Universidade qualquer, que era dividida em blocos de moradias e em cada bloco moravam turmas específicas, tipo as panelinhas da época de escola. Eu morava em um dos blocos, mas não necessariamente participava de uma única turma, eu era amiga de todo mundo, de todos os blocos. Só que havia uma briga muito grande entre essas turmas. E a coisa era feia: tinham mortes, tiroteios, helicópteros caçando pessoas, gente fugindo, se escondendo, atirando. Eu também andava armada e em certos momentos era obrigada, para me defender, a colocar a parte que mira em um dos olhos, alinhar a arma e atirar num alvo. O problema é que descobri que, assim como nos jogos de tiros de videogames (aqueles em que usamos armas falsas) eu com uma arma real sou péssima também. Quanto mais certo eu mirava, mais eu tremia ao atirar. Uma coisa normal em mim: tremer. Outra coisa normal: eu ficar nervosa sob pressão e fazer tudo errado. Só sei que toda vez que eu precisava atirar em alguém, acabava desperdiçando balas para todos os lados. Eu sai atirando para todos os cantos possíveis! E fugir das balas atiradas em mim era um sofrimento que só.
Chorando, tremendo, com o coração quase saltando pela boca, eu tentava me esconder em qualquer espaço disponível. Eu ouvia os barulhos das balas passando há centímetros de mim. Inclusive, me escondi embaixo de uma montanha que tinha no campus, levantando a base como se ela fosse um imenso carpete. Todo o acontecimento foi horrível e a sensação bem real. Principalmente embaixo da montanha-carpete, quando as pessoas tentando se matar começaram a me pisotear. Foi aí, como num clique, que eu percebi que era um sonho. E pensei “caramba, eu viraria uma autora famosa se conseguisse descrever essas sensações em palavras. Meu livro chocaria o mundo, seria premiado!”. Aí tudo ficou mais fácil: eu podia andar pelo campus observando as mortes, os tiros, as ciladas e o principal: não precisava me preocupar em me esconder, se atirassem em mim eu não morreria, era apenas um sonho!
Chorando, tremendo, com o coração quase saltando pela boca, eu tentava me esconder em qualquer espaço disponível. Eu ouvia os barulhos das balas passando há centímetros de mim. Inclusive, me escondi embaixo de uma montanha que tinha no campus, levantando a base como se ela fosse um imenso carpete. Todo o acontecimento foi horrível e a sensação bem real. Principalmente embaixo da montanha-carpete, quando as pessoas tentando se matar começaram a me pisotear. Foi aí, como num clique, que eu percebi que era um sonho. E pensei “caramba, eu viraria uma autora famosa se conseguisse descrever essas sensações em palavras. Meu livro chocaria o mundo, seria premiado!”. Aí tudo ficou mais fácil: eu podia andar pelo campus observando as mortes, os tiros, as ciladas e o principal: não precisava me preocupar em me esconder, se atirassem em mim eu não morreria, era apenas um sonho!
Acordei me perguntando: “e se eu estivesse errada? E se fosse tipo Matrix, se eu morresse no sonho, morreria também na vida real?”. Meu cérebro é pior enquanto durmo ou enquanto estou acordada? Fica aí o questionamento.
P.S.: Eu fiquei observando os acontecimentos do sonho, enquanto estava dormindo, para poder escrever um livro (quando acordasse) que seria premiado. Lembro de todo o sonho até esse meu momento “eureca” onde eu seria uma escritora famosa e daí, adivinhem? É, não lembro nada da parte das observações. Por que, vida? Por quê?
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