Ela foi nomeada uma das 25 pessoas
mais influentes do mundo da moda em 2003, pela Time Magazine. Embora
afirme ser apaixonada pela área, ela disse recentemente que “nosso
sistema de moda é completamente obsoleto”. Criadora do Manifesto
Anti-Fashion (publicado pela Trend Union, sua agência em Paris), Lidewij
Edelkoort, listou 10 pontos que visam confirmar essa afirmação.
Entre os tópicos, ela defende que nossa moda transformou-se em algo ultrapassado por causa da mão de obra escrava, dos produtos tóxicos ao meio ambiente e do ritmo da produção atual. Também criticou os métodos de ensinos atuais, dizendo que "escolas de moda e faculdades continuam ensinando jovens estudantes a se tornarem designers de passarela, divas. Eles são levados a acreditar que o que os espera é uma vida de fama, fora das regras". Ela explica que hoje em dia estudantes são pouco preparados para pensar realmente em roupas, não aprendendo muito sobre tecidos, têxteis e fibras. Com isso, as indústrias de fibras e fios têxteis acabam sendo ameaçadas de extinção. Edelkoort enaltece que "sem elas o conhecimento de fiação, tecelagem, acabamento e impressão serão perdidas”. A pesquisadora defende que os grandes nomes do passado foram capazes de mudar a sociedade através da introdução de novas silhuetas, novas posturas e novas formas de movimento, já os designers de hoje em dia apenas reciclam as tendências do passado.
Lidewij também fez observações sobre a imprensa e defende que a opinião pública deveria ser feita ciente do fato de que as roupas baratas são fabricadas em países onde pessoas são exploradas no trabalho. Na opinião dela, ao invés de boicotar marcas que empregam mão de obra barata, os clientes têm se deixado seduzir por esse tipo de roupa, que apesar de em conta, é descartável. “Os preços professam que essas roupas são para serem jogadas fora, descartadas como um preservativo e esquecidas antes de serem amadas e saboreadas, ensinando os jovens consumidores que a moda não tem nenhum valor. A cultura da moda está assim: destruída". Ela ainda lembra que o verdadeiro jornalismo, com profissionais experientes de moda, está sendo substituído por escritores mais jovens sem nenhum conhecimento especializado ou embasamento crítico. Vide os blogs de hoje em dia.
Quanto ao marketing, a pesquisadora diz que os produtos e a indústria são vistos só de uma perspectiva: a de como vender mais. Os designers são pressionados para produzirem coleção atrás de coleção, em busca de mais faturamento. Isto os esgota e mata a criatividade. Na publicidade “os anúncios são repetitivos e fica difícil ler os valores da marca”. Para piorar, as grandes publicações exibem em seus editoriais de moda apenas peças de grifes anunciantes, excluindo as pequenas e novas marcas, que nunca terão vez.
Mas se nossa moda está ultrapassada, o que esperar do futuro dela? Eldkoort faz uma previsão: "os consumidores de hoje e de amanhã vão escolher por si próprios, criar e projetar seus próprios guarda-roupas” e complementa afirmando que "eles vão alugar roupas, emprestar roupas, transformar roupas e encontrar roupas nas ruas”. Ela ressalta que o Vale do Silício deu origem à primeira geração de super-ricos que não ligam para moda e que esses consumidores foram perdidos pela moda ao longo dos últimos vinte anos e serão impossíveis de se recuperar. “Mas vamos falar cada vez mais de roupas e é a elas que devemos levantar um brinde”, observa.
Ela conclui prevendo que a alta-costura retornará, ocupando esse vazio, "afinal, é no atelier de costura que vamos encontrar o laboratório deste trabalho de amor. De repente, a profissão de costureiro se tornará cobiçada e a maneira exclusiva de elaborar costura será inspiração para todos os outros."
Assino em baixo, querida Edelkoort. Duas vezes, se for possível.
Entre os tópicos, ela defende que nossa moda transformou-se em algo ultrapassado por causa da mão de obra escrava, dos produtos tóxicos ao meio ambiente e do ritmo da produção atual. Também criticou os métodos de ensinos atuais, dizendo que "escolas de moda e faculdades continuam ensinando jovens estudantes a se tornarem designers de passarela, divas. Eles são levados a acreditar que o que os espera é uma vida de fama, fora das regras". Ela explica que hoje em dia estudantes são pouco preparados para pensar realmente em roupas, não aprendendo muito sobre tecidos, têxteis e fibras. Com isso, as indústrias de fibras e fios têxteis acabam sendo ameaçadas de extinção. Edelkoort enaltece que "sem elas o conhecimento de fiação, tecelagem, acabamento e impressão serão perdidas”. A pesquisadora defende que os grandes nomes do passado foram capazes de mudar a sociedade através da introdução de novas silhuetas, novas posturas e novas formas de movimento, já os designers de hoje em dia apenas reciclam as tendências do passado.
Lidewij também fez observações sobre a imprensa e defende que a opinião pública deveria ser feita ciente do fato de que as roupas baratas são fabricadas em países onde pessoas são exploradas no trabalho. Na opinião dela, ao invés de boicotar marcas que empregam mão de obra barata, os clientes têm se deixado seduzir por esse tipo de roupa, que apesar de em conta, é descartável. “Os preços professam que essas roupas são para serem jogadas fora, descartadas como um preservativo e esquecidas antes de serem amadas e saboreadas, ensinando os jovens consumidores que a moda não tem nenhum valor. A cultura da moda está assim: destruída". Ela ainda lembra que o verdadeiro jornalismo, com profissionais experientes de moda, está sendo substituído por escritores mais jovens sem nenhum conhecimento especializado ou embasamento crítico. Vide os blogs de hoje em dia.
Quanto ao marketing, a pesquisadora diz que os produtos e a indústria são vistos só de uma perspectiva: a de como vender mais. Os designers são pressionados para produzirem coleção atrás de coleção, em busca de mais faturamento. Isto os esgota e mata a criatividade. Na publicidade “os anúncios são repetitivos e fica difícil ler os valores da marca”. Para piorar, as grandes publicações exibem em seus editoriais de moda apenas peças de grifes anunciantes, excluindo as pequenas e novas marcas, que nunca terão vez.
Mas se nossa moda está ultrapassada, o que esperar do futuro dela? Eldkoort faz uma previsão: "os consumidores de hoje e de amanhã vão escolher por si próprios, criar e projetar seus próprios guarda-roupas” e complementa afirmando que "eles vão alugar roupas, emprestar roupas, transformar roupas e encontrar roupas nas ruas”. Ela ressalta que o Vale do Silício deu origem à primeira geração de super-ricos que não ligam para moda e que esses consumidores foram perdidos pela moda ao longo dos últimos vinte anos e serão impossíveis de se recuperar. “Mas vamos falar cada vez mais de roupas e é a elas que devemos levantar um brinde”, observa.
Ela conclui prevendo que a alta-costura retornará, ocupando esse vazio, "afinal, é no atelier de costura que vamos encontrar o laboratório deste trabalho de amor. De repente, a profissão de costureiro se tornará cobiçada e a maneira exclusiva de elaborar costura será inspiração para todos os outros."
Assino em baixo, querida Edelkoort. Duas vezes, se for possível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário