
No intervalo, puxava a melhor amiga até a fila da merenda. Não que comesse algo na escola, isso ela nunca fazia. Mas porque ele lanchava por lá. Perseguia-o disfarçadamente até o bebedouro, a biblioteca, as mesas em que os garotos mais velhos jogavam truco ou a porta da sala de aula. E foram tantas as vezes que ela se atrasou para assistir suas próprias aulas, só para ficar alguns minutos a mais admirando-o.
Na hora da saída, desviava seu caminho para casa, só para vê-lo mais um pouco. Era o caminho mais longo, mas isso não a importava. Quanto mais tempo pudesse olhar para ele, mais ela passava o restante do dia feliz.
Pois é, dizem por aí que o primeiro amor a gente nunca esquece. Não concordo tanto com essa teoria. Mas devo admitir que o primeiro amor platônico, ah, esse sim a gente NUNCA esquece!
Eu tive tantos amores platonicos, cada um guardo em um lugar especial, alguns deles é engraçado recordar.
ResponderExcluirBeijos linda!