sexta-feira, 30 de junho de 2017

Cronograma capilar com receitas caseiras para um cabelo perfeito

Blogagem Coletiva Grupo Interative-se!
Esse post faz parte da Blogagem Coletiva Relâmpago do grupo Interative-se! com o tema maquiagem/beleza.

Uma vez fiz um post aqui sobre os produtos caseiros que são melhores do que os comprados em farmácia. De lá para cá, mudei algumas coisas, especialmente no que diz respeito ao cabelo. Passei a fazer cronograma capilar com algumas receitas caseiras para deixar meu cabelo perfeito!

Para cuidar da saúde dos meus fios, turbinei a receita que deixei aqui da outra vez: agora uso máscara de restauração ou reconstrução em vez da de hidratação. Isso permite que eu a faça uma vez ao mês, que é o melhor para os meus fios, já que uso a máscara de hidratação duas vezes por semana, por motivos de: cronograma capilar.

Mas, peraí! O que é cronograma capilar?

É um calendário mensal de como tratar os fios. A técnica consiste em fazer duas hidratações por semana, três nutrições/umectações e uma reconstrução/restauração por mês. A hidratação serve para repor a água dos fios, enquanto a nutrição/umectação devolve a oleosidade natural dos cabelos – necessária para a proteção dos fios – e a restauração/reconstrução, por fim, melhora os danos sofridos, reestruturando a fibra capilar. Fiz uma imagem com a agenda do cronograma caso vocês queiram ter sempre à mão os dias para fazer o processo: 





A nova receita

Meu novo cosmético caseiro ficou assim:
  • 2 colheres (sopa) de creme de restauração/reconstrução
  • 1 colher rasa (sopa) de açúcar cristal (aqui pode-se usar outro tipo de açúcar, como o mascavo ou o demerara).
  • 1 tampinha de Bepantol líquido
  • 1 tampinha de Glicopan (é um remédio cheio de vitaminas para cães e gatos que se compra em pet shops)

Mas como assim você usa remédio pra animais no cabelo?

Eu sei que parece estranho, mas os benefícios desse remedinho são muitos! Não tem embasamento científico que garantam a eficácia do Glicopan nos cabelos, mas para mim deu muito resultado. Vi essa dica primeiramente no canal da Renata Meins, sugiro que vejam o vídeo dela para maiores esclarecimentos (essa mulher mudou meu cabelo, gente!).

O Glicopan é um suplemento vitamínico mineral aminoácido para animais e a maioria das vitaminas contidas nele já vem em cremes para cabelo, porém em menores quantidades. Nossos fios precisam de queratina para serem saudáveis e cada procedimento químico leva embora um pouco dessa queratina. Aminoácidos são capazes de repor a queratina, por isso esse remédio para animais é tão eficaz! Mas atenção: passe apenas da metade do cabelo para baixo, nunca no couro cabeludo porque pode dar alergia! E só use em pequenas porções de no máximo uma tampinha do produto por vez. O uso desenfreado de muitas vitaminas no cabelo tem o efeito oposto e pode danificar os fios. Outro aviso importante: o Glicopan cheira MUITO mal. Não faça tratamento com ele antes de algum evento importante, hahaha.

Turbinando o creme de nutrição com essa receita caseira:

Quando faço nutrição, costumo acrescentar uma colher (chá) de óleos vegetais ao creme, então, decidi também deixar a receita aqui:
  • 2 colheres (sopa) de creme de nutrição
  • 1 colher (chá) de óleo de côco
  • 1 colher (chá) de azeite
  • 1 colher (chá) de óleo de amêndoas

Para fazer o cabelo crescer

Tive sérios problemas com meu cabelo quando era mais nova, porque de tanto descolorir e fazer progressivas em lugares não muito confiáveis ele não tinha força para crescer direito. Quando crescia, as pontas estavam tão quebradas e ressecadas que nem parecia estar maior. Quando comecei a tratar da saúde dos meus fios, decidi que queria que meu cabelo crescesse finalmente. Então usei mil shampoos bombas e controlei a alimentação, mas uma coisa em particular deu muito resultado: óleo de rícino. De novo, esse negócio é muito fedido, mais até que o Glicopan! Porém aqui a gente disfarça um pouco com óleo de coco que tem um cheiro bem concentrado. Então, quando eu troco nutrição por umectação (que é deixar seus fios descansando enquanto estão envoltos em óleos naturais) costumo fazer assim:
  • Muito óleo de coco, suficiente para cobrir todo o cabelo, inclusive a raiz (tenho a raiz oleosa e a umectação não piora isso, importante lembrar)
  • 1 ampola de vitamina E
  • 1 colher (chá) de óleo de rícino
O rícino é um laxante natural, mas ele realmente funciona nos fios. Ano passado fiz a sobrancelha em casa e acabei errando em um dos lados (não sigam meu exemplo) e foi essa combinação que fez ela crescer mais rápido também.
Outra coisa que dizem por aí que ajuda no crescimento do cabelo é massagear o couro cabeludo. Recentemente comprei um massageador facial que vem com uma ponta de massagem capilar, então estou abusando disso! Ainda não tenho muito o que falar sobre, não testei por tempo suficiente. 
Meu massageador. A ponta destacada das demais, no centro, é para massagem capilar.
Meu massageador. A ponta destacada das demais, no centro, é para massagem capilar.

Uma ultima dica: fuja dos derivados de petróleo

Depois que eu exclui da minha vida shampoos, condicionadores e máscaras que possuem em suas fórmulas derivados de petróleo (que costumam aparecer nos ingredientes com os seguintes nomes: petrolatum, paraffinum liquidum, mineral oil), senti meu cabelo ganhando vida! Hoje, se uso algo com petrolato na composição, sinto na hora a diferença nos fios: eles pesam e ficam duros.

Então, é isso. Não esqueçam de salvar a imagem do cronograma capilar para ter sempre em mãos e copiar as receitas caseiras para você ter um cabelo perfeito! Mas quero lembrar que isso é o que tem funcionado pra mim, não sou cabeleireira, muito menos expert em cabelos. Faça como eu e vá experimentando adicionar ou excluir ingredientes naturais em suas máscaras para ver o que melhor se adapta aos seus fios! ♥

terça-feira, 27 de junho de 2017

Resenha - Contos de Imaginação e Mistério, de Edgar Allan Poe

Capa do livro Contos de Imaginaçã e Mistério, de Edgar Allan Poe
Capa do livro Contos de Imaginação e Mistério

Edgar Allan Poe foi escritor, poeta, crítico literário e editor de jornais, nascido nos Estados Unidos, que fez fama com seus contos macabros. É considerado por muitos como o inventor do gênero de ficção policial. No livro Contos de Imaginação e Mistério, encontramos 22 histórias de sua autoria. Em muitas delas, Poe nos insere no assustador mundo de quem sofre de catalepsia - um distúrbio que deixa a pessoa com aspecto de morta, quando ainda está viva.

No livro estão presentes importantes e famosos contos do autor como “O Gato Preto”, “O Coração Denunciador”, “William Wilson”, “Os Assassinatos da Rue Morgue”, “A Máscara da Morte Vermelha”, “A Queda da Casa Usher”, “Berenice” e “O Barril de Amontillado”. 

Ilustração do conto A Máscara da Morte Vermelha, de Edgar Allan Poe, por Harry Clarke
Ilustração do conto A Máscara da Morte Vermelha, por Harry Clarke

Nessa edição podemos encontrar também os meus contos preferidos do escritor: “Os Fatos do Caso do Sr. Valdemar”, “O Enterro Prematuro”, “O Poço e o Pêndulo” e o “Escaravelho de Ouro”. Para ficar perfeita, faltou ter a poesia “O Corvo” – que já atestei aqui no blog o quanto sou fã.
Somos presenteados, mais para o final do livro, com o conto que deu continuidade ao “Os Assassinatos da Rue Morgue”: “O Mistério de Marie Roget”, que conta a história da morte de uma moça parisiense, recepcionista de uma perfumaria. Publicado primeiramente no ano de 1842, esse conto foi baseado na história real do assassinato de Mary Cecilia Rogers, moradora de Nova Iorque que trabalhava como recepcionista em uma tabacaria.

As outras histórias que completam Contos de Imaginação e Mistério são “Manuscrito Encontrado numa Garrafa”, “Uma Descida no Maelstrom”, “O Encontro Marcado”, “Morella”, “Ligeia”, “O Colóquio de Monos e Una”, “Silêncio – Uma Fábula”, “O Rei Peste” e “Leonizando”.

Detalhes da edição

Contos de Imaginação e Mistério tem ilustrações belíssimas do irlândes Harry Clarke. Lançado no Brasil pela editora Tordesilhas, a edição foi originalmente publicada em inglês em 1919 pela editora George G. Harrap & Co, de Londres, Inglaterra. O prefácio do livro fica por conta do escritor Charles Baudelaire, que foi o primeiro tradutor dos contos de Poe para o francês. 

Capa falsa de Contos de Imaginação e Mistério, de Edgar Allan Poe. Ilustração de Harry Clarke.
Capa falsa de Contos de Imaginação e Mistério, de Edgar Allan Poe. Ilustração de Harry Clarke.

O livro possui duas capas: a original é toda preta, com apenas o nome do livro, do autor, do ilustrador e da editora se destacando na folha. A segunda é uma capa falsa, colocada por cima da original, com ilustração em preto e branco.

Minhas opiniões


Acho muito bela a maneira que Poe descreve os romances em seus contos, ainda que a história em si seja macabra. Quase podemos sentir o amor e devoção por Ligeia, de tão bem descrito que é o sentimento. Muitos relacionam essa fixação que Edgar tinha de escrever contos de amor com mulheres morrendo com sua própria história de vida: ele próprio perdeu sua mulher amada por causas desconhecidas. 

Ilustração de Harry Clarke para o conto Os Fatos do Caso do Sr. Valdemar, de Edgar Allan Poe
Ilustração de Harry Clarke para o conto Os Fatos do Caso do Sr. Valdemar, de Edgar Allan Poe

Também gosto da maneira como Poe consegue nos colocar medo porque suas histórias têm um fundo de realidade. A maneira como o autor conta, em “O Enterro Prematuro”, sobre a angústia do personagem principal ao sentir que foi enterrado vivo, nos dá uma sensação claustrofóbica, como se estivéssemos passando pela mesma agonia dele.

Por não termos muito conhecimento de causas sobrenaturais e sabermos que a hipnose é algo real com provas científicas, que sinto tanto medo toda vez que leio “Os Fatos do Caso do Sr. Valdemar”. São coisas que, embora difíceis, não são impossíveis de acontecer. Explorar essas áreas ainda desconhecidas que temos na vida (ou que não possuem estudos suficientemente esclarecedores), mostrando-nos um lado delas plausível de acontecer de formas trágicas, que fazem de Poe o meu autor preferido.

Para quem nunca teve contato com a obra desse artista, recomendo que comece por esse livro, que tem um compilado incrível de contos, muito bem traduzidos, com notas de rodapé que complementam os textos de forma eficaz.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Admiração é um sentimento nobre


Não há nada como admirar alguém. Pensa comigo: gostar é tão fácil, basta simpatizar com a pessoa e pronto, já podemos dizer que gostamos. Amar implica em conhecer melhor esse alguém e desenvolver um sentimento mais profundo, onde até os defeitos são dignos do nosso afeto. Agora admirar é outro nível. Admiração não é só gostar, não é só amar, é ter um sentimento que enaltece a pessoa em questão, é coloca-la em um pedestal bem alto. É expressar sincero respeito, é veneração pura, é sensação de êxtase com a pessoa. É um sentimento nobre!

Não admiramos quem não nos inspira e, para nos inspirar, a pessoa tem que ter tido sucesso em alguma coisa. Isso não significa que ela precisa ter conquistado alto poder aquisitivo, ter o carro do ano ou possuir um iate para usar em sua ilha particular. Às vezes sucesso é passar em uma prova para a qual a pessoa perdeu noites estudando; ou pode ser juntar as moedinhas que encontra pela casa e ver que, no final do dia, se tem dinheiro suficiente para comprar pão pra família toda. Admiração é uma sensação grande, quase santa, mas nem sempre precisamos de motivos imensos para nutrir esse sentimento por alguém – até por que, estamos cansados de saber, as maiores riquezas residem em pequenos detalhes

Ao mesmo tempo em que admiramos também queremos ser admirados. Uma matéria do Correio Braziliense fala sobre uma pesquisa que associa esse sentimento com aquilo que compartilhamos na internet. Sabia que quando decidimos compartilhar um post, seja ele texto ou imagem, acionamos uma parte do cérebro que tem o desejo de despertar a admiração alheia? Ou seja, nós queremos ser admirados pela nossa opinião, o que não me parece grande novidade, mas esse estudo talvez possa explicar aquela velha história de compartilharmos apenas os momentos bons no Instagram. Não queremos expor nossas dificuldades e sim nossas vitórias, isso atrai mais as pessoas e causa maior comoção – logo, é mais fácil de conquistarmos a admiração dos outros. 
 
Só não se esqueça que ninguém é perfeito, então, independente de quem seja seu alvo de admiração, com certeza essa pessoa possui defeitos. E tudo bem! Não conheceríamos o bom se nunca tivéssemos experimentado o ruim, certo? 
 
Esse post faz parte do Desafio Imagem/Palavra do grupo Interative-se!
Desafio Imagem/Palavra do grupo Interative-se!

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Apanhado de Links #14

Apanhado de Links


  1. Vocês já viram a página do Facebook chamada “Mônicas deformadas em muros de escolinhas”? Pois é, a versão original da Mônica, pasmem, não era tão diferente de muitos desenhos encontrados por lá. “Conheça a primeira versão de 8 desenhos animados famosos” e agradeça aos céus pelos desenhistas terem desenvolvido melhor seus traços – ou teríamos crescidos mais traumatizados com o Pernalonga, por exemplo.
  2. Postei aqui sobre como Grace and Frankie é uma série com questões pertinentes a serem debatidas, onde também expressei meu amor pela personagem Brianna. Veja aqui “17 frases que provam que Brianna é a rainha de Grace and Frankie (17 Quotes That Prove Brianna Is The Queen Of Grace And Frankie)”.
  3. Eu sou adepta de MUITO brilho, mas muito brilho mesmo, seja às seis da manhã ou às onze da noite. Se você ainda sente medo de usar glitter, paetês, estampas holográficas ou metalizados, confira o artigo “Aprenda a usar brilho de dia” da maravilhosa consultora de estilo Erica Minchin.
  4. Esse post do Killian’s Blog sobre “Bowie, o artista visual” é do início de 2016 mas é tão lindo que preciso compartilhar! Com pequenas análises de algumas capas de discos ♥
  5. Outro post pelo qual me apaixonei foi “Os pequenos detalhes do amor por Philippa Rice”, do blog Florescência. Não conhecia essa artista e os traços dela me encantaram.
  6. E para reflexão tem esse post chamado “A Pele que Habito”, da Louie Louie, onde ela fala sobre o aprisionamento da maquiagem. Tá recheado de mina maravilhosa dando depoimento! Foi libertador ler esse conteúdo.
  7. Tá precisando de uma dica para ler autoras mulheres? Então você precisa desse link: “Este teste vai revelar o livro que você deve começar a ler agora
  8. Não me ligue, mande mensagem” é o tipo de texto que eu gostaria de mandar para todo mundo que usa o telefone! Eu não gosto de ter que falar com alguém no momento que a pessoa quer, como as ligações nos obrigam. Claro que em determinados casos, o mais fácil é mesmo falar ao telefone (situações de trabalho ou com muita urgência, por exemplo), mas na maioria das vezes a ligação é dispensável e pode ser substituída por uma mensagem.
  9. Tristes dados que provam que nós mulheres ainda enxergamos o próprio corpo com desdém: “Como As Mulheres Realmente Enxergam Os Corpos Femininos”.
  10. Sou evangélica, feminista e digo: as duas coisas podem sim andar juntas" é um relato interessante que relaciona feminismo e religião. Eu, enquanto protestante, sempre tive muitas dúvidas com essas questões e confesso que ainda não pesquisei o suficiente para dar uma opinião, mas ler esse texto foi como receber um abraço acolhedor.
  11. Acompanhei Rockstory desde que a novela lançou na Globo porque história de amor + música + personagens que trabalham nesse ramo me parecia o combo perfeito para uma trama. E realmente foi uma novela muito bem feita, com personagens bem desenvolvidos. Gostei especialmente de uma cena que comentei no Twitter, da falsa morte do personagem Alex, fazendo referência ao personagem Léo de Insensato Coração com a frase “pronto, morri”. Meu tweet foi curtido pelo próprio Caio Paduan (ator que interpretou o vilão!) – fiquei feliz será? Imagina, né? Só que, por mais que seja uma excelente história, a novela pecou em alguns aspectos no que diz respeito à representatividade da mulher. O texto “Rock Story: uma novela moderninha, mas nem tanto” discorre sobre isso.
  12. Eu já falei tantas vezes na vida sobre Jornalismo na TV e sua relação com a moda que acho até batido voltar nesse tema. Mas no início do mês a jornalista Renata Vasconcellos usou um quimono na chamada do Jornal Nacional que causou alvoroço nas redes sociais (você pode entender no texto “Polêmica: consultoras de moda opinam sobre o quimono de Renata Vasconcellos no JN”). No telejornalismo o que tem que chamar a atenção é a notícia e não a roupa do apresentador. Por isso, Renata não deveria ter usado o tal quimono: a peça é tendência sim, mas ela pode optar por usar esse traje fora das telinhas. Quando se é jornalista de TV, é preciso evitar roupas chamativas, porque o nosso produto alí é a notícia e nada pode chamar mais atenção do que ela. Enquanto jornalista e produtora de moda, eu adoraria defender a peça na TV, mas sei que ambas as coisas não casam... no ambiente de trabalho, é preciso seguir certas regras.
  13. Fotos raras de moda em revistas antigas do Irã no artigo “Como as iranianas vestiam-se antes da revolução islâmica, na década de 70? Surpreenda-se!”.
  14. Quem aí gosta de coisas antigas? A gente não faz ideia das preciosidades que os donos e trabalhadores de sebos encontram dentro do livros! Emocione-se junto comigo com a reportagem "Donos de sebos revelam objetos raros encontrados dentro de livros antigos".
UFA, agora acabaram-se os links! Acumulei muito no último mês. Contem pra mim se vocês gostam de posts assim, com curadoria de links, porque eu amo fazer e adoro receber esse tipo de dica (aliás, se tiver recomendação de links, me mandem também! \o/). Beijos e até a próxima!

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Projeto de Escrita Mensal: 3 posts

Projeto de Escrita Mensal 2017






Eu entrei só agora para o Projeto de Escrita Mensal do grupo Universo Alternativo, criado pela Jaqueline do blog 4sphyxi4. Sei que são seis meses de atraso, mas não tem como não participar de um projeto lindo desses! Nesse mês, as blogueiras participantes estão listando três postagens antigas preferidas do blog. Aqui estão as minhas:

 1 – “Eu nunca comprei um cachorro” é um post de 2014 que eu amo e é muito atual na minha vida! Nele conto sobre os cachorros que tive na vida, até a história do Pink, meu irmão de quatro patas que está comigo até hoje! ♥ Continuo apoiando a adoção de animais e, embora eu ache que os animaizinhos vendidos em loja também mereçam um lar, ainda bato na tecla de que temos que incentivar mais a adoção em vez da compra. 
2 – “A Moda e o Corpo” é outro post de 2014 onde cito alguns links daquele ano que envolvem o universo da vestimenta e o corpo que o usufrui. Minhas ideias sobre o vestir estavam se formando nessa época para o pensamento que tenho hoje, de que devemos usar aquilo que nos faz bem, nos traz conforto e nos representa e não aquilo que a indústria diz que se deve usar. No texto, critico um vídeo de Regina Guerreiro, falo sobre vestir roupas por dinheiro e não para se expressar e ressalto como devemos nos amar e nos entender e usarmos a moda ao nosso favor. Sabe aquele clichê de que “a roupa deve vestir você e não você vestir a roupa?”, pois é, acredito muito nisso! 

3 – Ainda nessa de defender que a moda deve nos vestir e não ao contrário, escrevi em 2016 sobre “As incoerências de mercado e o jogo com a autoestima”. Nele falo como a indústria da moda ignora o mercado (crescente e promissor) das plus size. Em contrapartida, mostro como a indústria de cosméticos ganha em cima da nossa baixa autoestima, nos vendendo um corpo "ideal" e inalcançável. No texto trago dados estatísticos para refletirmos sobre isso. 

Então esses são os meus posts preferidos ♥. Espero que gostem!

Outros blogs participantes:
4sphyxi4
Fala Tef
Relíquias da Lara
Lady Dark's
A Guria de Moletom
Calaverrritas

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Martha Woods, a assassina de bebês

A história de Martha Woods é contada no terceiro capítulo do livro O Segredo dos Corpos
A história de Martha Woods é contada no terceiro capítulo do livro O Segredo dos Corpos. Na imagem podemos ver a lápide em forma de coração do pequeno Paul Woods.







Imagine uma mãe dedicada de duas crianças adotadas – Judy, de dois anos e Paul de apenas cinco meses -, esposa do terceiro-sargento do Exército Harry Woods, moradora de Maryland nos Estados Unidos. Essa mulher já tinha passado pela perda de outros três filhos biológicos, que morreram enquanto ainda eram bebês – todos por problemas de respiração. Para completar seu sofrimento, ela passou por 10 abortos não desejados durante sua vida. Isso tudo, com apenas 40 anos de idade! Seu amor por crianças era notório, se oferecia para cuidar dos filhos pequenos de amigos para que eles pudessem fazer suas atividades tranquilamente. Também trabalhou em uma clínica para crianças deficientes mentais com idades entre seis e nove anos, auxiliando nos cuidados que elas precisavam. Esse aparentemente exemplo de pessoa atendia pelo nome de Martha Woods. Inexplicavelmente, muitas crianças sofreram problemas respiratórios enquanto estavam ao lado dela. Mas a "boa" mulher conseguiu levar todas para o hospital na tentativa de salvá-las.

Quem conviveu com essa pessoa e, aposto, que até você leitor desse texto, não conseguiu imaginar a capacidade de cometer atrocidades que Martha tinha. Ao longo de sua vida, foi acusada de matar sete crianças: seus três filhos biológicos, um de seus filhos adotivos, dois sobrinhos e o filho de um vizinho. Além das mortes, Martha também sufocou mais crianças, que escaparam da terrível morte por asfixia. Durante 23 anos de sua vida Martha não parou de sufocar bebês e durante 23 anos ninguém suspeitou dela.

Seu filho adotado Paul foi levado pela primeira vez para o hospital com cianose (quando a pessoa adquire uma coloração arroxeada, por causa da falta de oxigênio no sangue) quando completava um mês na casa de Martha e Harry. A partir daí, embora os médicos não encontrassem nenhum problema de saúde, a pequena criança apareceria diversas vezes na emergência do hospital, até não suportar mais e perder sua jovem vida. Com apenas sete meses e 21 dias de idade, Paul foi privado desse mundo por sua própria mãe. Judy, a filha mais velha, também apresentou sintomas de cianose várias vezes enquanto esteve com Martha. A família mórmon que a adotou depois disso garante que nunca mais, depois de que foi retirada dos cuidados dos Woods, apresentou problemas na respiração. A nova mãe da garotinha contou que, certa vez, Judy colocou as pequenas mãos em volta da boca e do nariz de outra criança, na esperança de acalmá-la, provavelmente por influência das atitudes de Martha.

Outras pequenas vítimas


Woods também foi a responsável pela morte de Johnny, seu sobrinho de três anos de idade, filho de sua irmã Betty, e Lillie Marie, também sua sobrinha, de um ano e dois meses, filha de seu irmão Paul Stewart. Ela também tentou sufocar Paul Stanley, seu outro sobrinho recém-nascido, filho de sua irmã mais nova Margaret. Martha não só prestou todos os atendimentos necessários após tentar asfixiar o bebê, como, já no hospital, improvisou com um copo plástico uma gambiarra para encaixar o tubo de oxigênio, adaptando-o para o recém-nascido, que o permitiu voltar a respirar.

Marlan Rash, de um ano e seis meses, foi outra de suas vítimas. Filho de um mecânico militar, a criança ficou aos cuidados de Martha várias vezes. Em três delas, teve episódios de cianose, mas a última foi fatal. Mais um filho de militar, o pequeno Eddie de também um ano e meio, foi outro que teve cianose enquanto estava sob a tutela de Martha. Felizmente, ele sobreviveu. Logo em seguida, o casal Woods adotou Paul e foi com ele que as suspeitas de homicídio caíram finalmente sobre Martha. Ela seria obrigada, pela justiça, a parar de sufocar bebês. Foi presa em 1972 condenada à prisão perpétua e morreu em 2002, ainda na cadeia.

Não se sabe o que levou Martha a matar todas essas crianças e a sufocar muitas outras. Suspeita-se que ela queria chamar a atenção e bancar a heroína. Conheci a história dessa mulher no livro “O Segredo dos Corpos”, da editora DarkSide Books, através da escrita do Dr. Vicent Di Maio, médico responsável pela necropsia de Paul Woods e importante testemunha de acusação contra Martha Woods.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Além da série: Girlboss e Dear White People

Quando eu gosto de alguma série, costumo ir atrás de outros materiais disponíveis sobre ela, como livros, HQ's ou filmes que a originaram. Já demonstrei isso aqui no post "Mini overdose de Os Bórgias" e hoje trago duas outras séries que assisti recentemente e busquei outras alternativas de conhecer a história: Girlboss e Dear White People!

Britt Robertson interpreta Sophia Amoruso

Girlboss (série e livro)

Quando a série Girlboss estreou no Netflix, eu fui correndo assistir. Antes de mais nada, um pequeno resumo: o programa e o livro falam sobre a história real de Sophia Amoruso, que muito jovem criou uma loja no ebay chamada Nasty Gal para vender peças vintages, que acabou crescendo muito em vendas e sucesso. Me apaixonei pela serie em um primeiro momento, mas como era de se esperar, quando todo o “boom” da estreia passou, eu comecei a prestar atenção nos problemas. A Sophia da série é inconsequente e mesquinha, não vendo problemas em afastar os outros para conquistar seus objetivos, em roubar por puro hobbie ou em desprezar quem pensa diferente dela – como podemos ver nas cenas com os compradores vintages. Mas o figurino ainda é de tirar o fôlego e, vocês sabem né, tem roupa bonita já me ganha... Além disso, há todo um incentivo para você persistir nos seus sonhos e dicas valiosas de sucesso comercial no seriado.

E foi por isso que eu furei minha lista de livros e trouxe #GirlBoss (que já estava lá para ser lido quando desse tempo) para o topo. O livro autobiográfico difere bastante da série, principalmente por não existirem personagens como Annie (a melhor amiga de Sophia na série) – e por nos mostrar que a mãe de Amoruso não a abandonou na vida real. O livro é mais pé no chão e menos inconsequente que a série, nos dá muitas dicas sobre empreendedorismo e nos dá um parâmetro maior sobre a Nasty Gal. O grande problema aqui foi saber, depois de ler o livro, que Sophia nunca foi tão respeitosa com seus funcionários como ela conta. Se aqui valer o discurso “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”, então a leitura vale a pena.

Dear White People, série da Netflix

Dear White People (série e filme)

Antes de tudo, vamos a uma breve sinopse: ambas as obras discorrem sobre movimentos de lutas negras, dentro de uma Universidade (Winchester) de predominância de elite branca, com seu grande ápice em uma festa blackface – que nos mostra escancaradamente os horrores do preconceito.

O seriado, por ter um tempo maior, faz um mergulho nos personagens principais e dá mais espaço para questões singulares – que no fim englobam um todo. Um dos meus personagens preferidos, o estudante de jornalismo Lionel, tem um destaque muito maior na série do que no filme, por exemplo. Ainda que eu não seja apta para falar sobre racismo, me sinto segura em afirmar que o filme me trouxe mais impacto nas questões raciais do que a série. Elas chegam em nós, espectadores, de maneira mais explícita, nos acertando em cheio. Por mais que nos esforcemos para que o racismo não exista, há muita coisa enraizada em nossa sociedade e que nos parecem “normais” por pura ignorância, que ferem e ofendem pessoas negras (e que precisa ser trabalhado urgentemente). Dear White People nos ajuda a enxergar isso. Aqui, um ponto perspicaz entre filme e série, é a presença no seriado de uma cena em especial, que não vou citar para evitar spoilers, que me arrancou lágrimas. Quem já assistiu, vai saber do que se trata: envolve o personagem Reggie e uma discussão em uma festa. Outra coisa que surgiu na série foi o poema (derivado da cena que citei), escrito pelo mesmo personagem, que mexe profundamente com qualquer pessoa, até mesmo aquelas que como eu não entendem muito de poesia ou não sofrem com racismo. É profundo, é triste e é, infelizmente, real.

Lionel de Daer White People
O Lionel da série do Netflix, interpretado por Deron Horton. No filme, o papel dele foi dado para Tyler James Williams.

O racismo é real e assistir Cara Gente Branca é como retirar uma venda dos olhos. É como no caso da festa com o uso de blackface - onde pessoas brancas se "fantasiam" de uma pessoa negra. Uma fala que reparei no filme e não lembro se também existe na série, é quando um garoto (branco) diz algo como “prova de que o racismo não existe é que estamos fazendo piada com isso”. Na verdade, uma preciosa lição com ambas as produções audiovisuais, é que a prova de que o racismo existe é justamente enxergarmos como natural algo como uma festa blackface. Se você discorda, por favor, assista Dear White People.

E para quem se interessou tem dois textos na revista Ovelha, escritos pela Karoline Gomes, que são infinitamente mais esclarecedores do que essa minha pequena resenha: “Um filme para as queridas pessoas brancas” e “Cara gente branca, esta série não é sobre vocês”.

Vale muito a pena todas as caras pessoas brancas assistirem o filme e a série de coração e mente abertos,  para aprendermos um pouquinho sobre o que não devemos fazer (e até para refletirmos o que podemos fazer para ajudar no combate ao racismo).

terça-feira, 6 de junho de 2017

Manuscritos de David Bowie


David Bowie criança
Para começar bem o post, uma foto do nosso Bowie quando criança ♥
Emoção em época de conteúdo digital é poder ver palavras escritas à mão pelo seu ídolo. Pude ver alguns manuscritos de letras originais de David Bowie pessoalmente na exposição sobre ele feita no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, em 2014. Mas como ver uma única vez não me contenta, busquei na nossa internet de Deus fotos de alguns desses rascunhos. Vou dividir aqui com vocês, para que possam sentir o mesmo prazer que eu!
Manuscrito de Heroes, David Bowie
Um rascunho de Heroes para aquecer o coração!
Manuscrito de Rock n Roll Suicide, David Bowie
E aqui temos um manuscrito de Rock 'n' Roll Suicide
Manuscrito de Starman, David Bowie
Aqui podemos ver uma versão de Starman
Manuscrito de Ziggy Stardust, David Bowie
O melhor alienígena de todos os tempos antes de nascer
 David Robert Jones veio para mudar o mundo. E ele conseguiu. Nada me convence que hoje ele não está no meio das estrelas, observando a gente aqui nessa Terra azul, rindo ao lado de Major Tom.


 E para quem não sabe, sou louca por documentos, cartas e manuscritos escritos à mão. Já indiquei aqui o projeto Letters of Note, se você não viu, corre lá!