segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Playlist: em clima de Halloween!

Está terminando Outubro e com ele o clima de terror, tensão, medo, monstros... mas não necessariamente isso tudo é ruim! Ainda dá tempo de ir pra alguma festa de Halloween e aproveitar muito comendo docinhos em forma de aranha, fantasmas, bolos de esqueleto, vinho em seringa... tem coisa mais empolgante que Dia das Bruxas?

Claro que aqui no blog sempre bato na tecla de que precisamos valorizar nossas festas nacionais também. Nós não temos tanta afinidade com o Dia das Bruxas no Brasil, mas podemos sempre nos lembrar de nossos seres folclóricos como a Caipora e o Boitatá, porque aqui temos uma riqueza deles. É por isso que nessa playlist também você vai encontrar a música "Canção da Meia Noite" da banda Nenhum de Nós que fala inclusive de Saci Pererê. 

Abaixo você encontra a Playlist feita no YouTube e também a lista de músicas que tem nela. E se você quiser saber mais sobre esse dia, encontre aqui um pouco sobre a origem do Halloween e do Dia de Los Muertos.


  1. Avenged Sevenfold - A Little Piece Of Heaven
  2. McFly - Transylvania
  3. Panic! At The Disco - This is Halloween
  4. Fall Out Boy - What's This?
  5. Panic! At The Disco: It's Almost Halloween
  6. Blink-182 - I Miss You
  7. The Addams Family Theme Song
  8. Elvira Mistress of the Dark - Trick or Treat
  9. P. Paul Fenech feat. MMF - Graveyard
  10. Big Bee Kornegay - At the House of Frankenstein
  11. American Horror Story Theme Song
  12. The Phantom Of The Opera Theme Song
  13. Die Die My Darling - The Misfits
  14. Rammstein - Ich Tu Dir Weh
  15. Rob Zombie - Demonoid Phenomenon
  16. The Misfit - Halloween & Halloween II
  17. Murderland - October Sky
  18. Ghost B.C - If You Have Ghosts
  19. Nenhum de Nós - Canção da Meia Noite 
  20. Zé Ramalho - Mistérios da Meia Noite 
  21. Secos e Molhados - O Vira 

sábado, 29 de outubro de 2016

Zumbis x Unicórnios


Sabe aqueles dias em que você pensa “quero ler um livro mais leve”? Foi num dia desses que encontrei “Zumbis x Unicórnios”, com essa capa toda fofa! Achei que tinha encerrado minha busca por ali. Doce ilusão, o livro não é açucarado como eu imaginava... (mas é genial!)
 
Sou fã de zumbis desde criança, quando eu ainda morria de medo deles. E de unicórnios desde a minha adolescência, quando eu só achava que eles eram criaturas encantadoras, sem conhecer toda a história por trás desse ser mitológico. Como sou uma pessoa apaixonada tanto por zumbis, quanto por unicórnios, nunca imaginei que eles pudessem ser rivalizados! Mas é exatamente isso que acontece nesse livro, que tem dois times de escritores: um que defende os unicórnios sob a liderança de Holly Black e outro que defende os zumbis, chefiados por  Justine Larbalestier. Essas duas autoras foram as responsáveis por começar essa discussão toda. E seus times contam com outros autores de peso, com best sellers publicados. 

Para não dar spoiler de nenhum conto, só vou registrar aqui que amei muitos deles e detestei um ou outro. Eu tenho minha predileção por unicórnios, vou confessar, mas esse livro me fez lembrar do porquê eu amo tanto zumbis. Eu não teria como escolher um time, sério. Amo os dois. E vou reler vários textos com toda a certeza porque tem umas histórias que aquecem o coração, outras que dão medinho, outras que você torce pra tudo dar certo, tem zumbi bonzinho, tem zumbi do mal, tem unicórnio fofo e lindo, tem unicórnio malvado e medonho, resumindo: tem para todos os gostos!

E não se iluda, não é um livro infantil como a capa sugere. Muito menos leve, como eu procurava. Mas com certeza é uma ótima leitura, que eu indico muito!



quarta-feira, 26 de outubro de 2016

História da Moda: Anos 30

Entre as estrelas do cinema que mais influenciaram a moda dos anos 30, estava Greta Garbo.

O cinema foi o grande referencial para a moda dessa década. As grandes estrelas de Hollywood, como Marlene Dietrich e Greta Garbo influenciaram muitas mulheres na maneira de se vestir. Os contornos do corpo feminino foram novamente evidenciados, a cintura voltou a ser marcada em seu real lugar e intensificou-se o uso de sutiã e cinta flexível. Com o passar da década, as costas passaram a ser destacadas com decotes que chegavam até a cintura. Essa era a parte do corpo mais sensual da época. 

A abertura das costas dos vestidos chegava até a cintura
Mae West e seu figurino


O traje diurno para mulheres era composto de vestidos ou saias na altura da panturrilha, enquanto para noite o comprimento era longo, geralmente coberto por casacos ou boleros, podendo ser substituídos por mantos e peças com pele nos dias frios. Os cortes godê e evasê eram os campeões nas escolhas femininas.








Na metade da década, as mangas borboletas aparecem com o objetivo de alargar os ombros. Houve também uma popularização da prática de esportes, em especial tênis, patinação e ciclismo, então, entrou em cena o short mais curto ou a saia com abertura lateral, com óculos escuros, para facilitar esses momentos. Com a exposição ao sol, a pele bronzeada passou a se destacar. Já se sabia dos benefícios de se pegar sol, então, roupas de banho podiam deixar mais pele à mostra.

A moda praia já permitia maiores exposições de pele




É nessa década que surgem os tecidos sintéticos e os produtos em série assinados por grandes Maisons. As roupas passam a ser mais acessíveis, independente da classe social.
A maquiagem consistia em sobrancelhas e pálpebras bem marcadas. Os cabelos femininos crescem, contrapondo-se aos curtos dos anos 20, e as mulheres começam a ondulá-los.

O cabelo crescia e era ondulado nos anos30, como se pode ver nessa foto da atriz Marlene Dietrich

No guarda-roupa masculino, as mudanças foram sutis, com diferenças na largura das calças e dos colarinhos. O uso do chapéu se intensificou para eles. Passaram a usar shorts por baixo das calças para facilitar a vida esportiva, dando origem ao que hoje conhecemos como samba-canção.
Em 1939 encerra-se a década, com o início da Segunda Guerra Mundial.
Página de uma revista dos anos 1930, onde podemos observar as cinturas bem marcadas, assim como o uso de bolero e ombros em evidência. O cabelo ondulado já estava crescendo nessa época.

Veja mais posts sobre a História da Moda:
  1. História da Moda: Pré História
  2. História da Moda - ANTIGUIDADE (egípcios, assírios, babilônios e persas)
  3. História da Moda - ANTIGUIDADE CLÁSSICA (Creta, Grécia e Roma)
  4. História da Moda - IDADE MÉDIA
  5. História da Moda: IDADE MODERNA
  6. História da Moda: IDADE CONTEMPORÂNEA
  7. História da Moda: SÉCULO XX – 1900 e anos 10
  8. História da Moda: Anos 20
  9. História da Moda: Anos 40
  10. História da Moda: Anos 50
  11. História da Moda: Anos 60
  12. História da Moda: Théâtre de La Mode
  13. História da Moda: trajes gaúchos
historia da moda anos 30

domingo, 23 de outubro de 2016

Corpos costurados



Essas figuras com formas e tamanhos humanos são costuradas a mão por Anne Bothuon. Os detalhes são surpreendentes: linhas de expressões faciais e dobras no corpo. Para criar essas dobras, Anne aperta mais a linha em alguns pontos e solta-a em outros. 


A artista é figurinista na França. O trabalho com bonecos teve uma exposição aberta ao público no teatro La Licorne e agora é exposto em vários lugares dentro do país.



Mais em sua página no Facebook e no site oficial.

sábado, 22 de outubro de 2016

“A Mágica da Arrumação” e “Vista Quem Você É”: um auxílio para o autoconhecimento


Eu PRE-CI-SO falar sobre esses dois livros que me deram um help gigantesco! A Mágica da Arrumação surgiu pra mim bem numa época que eu pensei “preciso arrumar meu guarda-roupa de vez”. Claro que “de vez” aqui significa que eu queria ter apenas peças que eu amasse muito, que contassem minha história, que combinassem entre si e que fizessem com que eu me sentisse bem; e isso demanda, claro, manutenções de 6 em 6 meses (nada é pra sempre quando a gente fala em roupa). Marie Kondo apareceu pra mim num post de algum blog que eu nem lembro qual e eu decidi comprar o livro, por mais que me soasse meio “auto-ajuda-que-não-funciona”, pois: baratinho $$$. Daí que, além de um manual para organização (que pelo menos comigo deu certo), Marie te incita a olhar peça por peça e sentir se a ama, tratando-a com carinho (fora o método que ela usa para dobrar que foi a melhor descoberta ever). Não segui a risca o livro todo, não arrumei toda a minha casa como ele propõe, mas usei as técnicas dela no guarda-roupa e olha, melhor resultado seria impossível! Percebi que, enquanto segurava as roupas, me transportava para momentos específicos da minha vida. E quando eu me perguntava por que eu amava tanto aquela blusinha ou odiava aquela calça, percebia que tinha muito a ver com toda a história que passei enquanto a usava. Não foi uma tarefa fácil, quanto mais eu mergulhava nos “por que's” mais eu mergulhava em mim mesma.

O mesmo negócio de se jogar loucamente pra dentro de mim aconteceu quando comecei a ler Vista Quem Você É, da Fê e da Cris do Oficina de Estilo. Foi uma consultoria de moda completa, com umas pitadas de psicologia. O método delas prega substituir consumo por autoestima e os exercícios sugeridos em todos os capítulos te colocam em contato com você mesma, assim como Marie propõe em A Mágica da Arrumação. Só que foi tão doloroso olhar pra dentro no início do livro e relembrar certas histórias, certos momentos, certos problemas, que eu tive que deixar o ebook das meninas de lado por uns dias. Doeu mesmo, mexeu na ferida mal cicatrizada, sabe? Mas quando eu consegui encarar, valeu a pena!

No final da leitura desses dois livros, além de uma bela organização nas minhas roupas, do tipo que me deixa em dúvida para escolher o look do dia porque só sobrou peças que combinam entre si e que representam perfeitamente quem eu sou (e não por falta de opções que combinassem), ganhei um grande autoconhecimento. Entrei em contato com minhas lembranças e problemas, encarei isso e tentei resolver de alguma forma. Me conheci melhor, entendi porque prefiro uma coisa a outra, quais motivos me levaram a isso, como eu sou, como quero ser vista, quem eu quero ser... aprendi até a ser um tanto mais grata. Durante o processo, eu recorri também a meditação, que me ajudou a colocar as coisas no lugar quando eu pensei que não ia conseguir seguir adiante. Então, o mérito todo não fica só com esses livros.

Depois disso, me sinto tão mais bem comigo mesma, tão mais íntima de mim, tão mais em paz, que preciso sair recomendando pra todo mundo esses títulos. Sem contar na linguagem gostosa usada nos dois livros, principalmente em Vista Quem Você É, que parece uma longa conversa com uma amiga, onde você desabafa, chora, mas depois dos conselhos que ouve dela, dos abracinhos e de um café quentinho, resolve suas preocupações. E para uma estudante de Moda como eu, “Vista quem você É” é um prato cheio, com dicas, ensinamentos, ideias... devia ser leitura obrigatória às aspirantes a personal stylist.

Não sei como concluir esse texto. Não sei mesmo.

Esse 2016 realmente foi O ano para livros que me ajudaram, me ensinaram, me emocionaram (aliás, chorei lendo esses tanto o da Marie, quanto o da Fê e da Cris) e até mudaram minha vida ou minha maneira de pensar. Por isso que eu queria poder fazer todo mundo ler pra ver se eu que sou assim, meio ET, ou se realmente o negócio é pesado e profundo e incrível e maravilhoso e... ♥ 

domingo, 16 de outubro de 2016

Apanhado de Links #5




Vamos ao apanhado de links, que permite que meus favoritos do Mozilla fiquem enxutos? Vamos!

1 – Stranger Things mexeu na história do MK-Ultra. Mas até que ponto a ficção se mistura com a realidade? Com base na Lei de Acesso à Informação, um escritor solicitou ao Departamento de Energia dos EUA, as semelhanças da série com a vida real. O resultado foi que a “Série Stranger Things assustou o Departamento de Energia dos EUA”.

2 – E aqui estão os “8 fatos científicos que todo apaixonado por café deveria saber”. Prazer, eu mesma.

3 – Para a boa jornalista antenada que sou, adorei conhecer um pouco mais do processo que o Jornal Zero Hora tem experimentado para aumentar suas vendas digitais. O artigo “Na Zero Hora, um laboratório para o futuro dos jornais” mostra detalhadamente como o jornal gaúcho aumentou suas vendas oferecendo uma experiência próxima ao papel por meio do tablet (que o assinante ganha para poder ler).

4 – Um dos melhores textos do mundo: “Bar ruim é lindo bicho!” que mostrou que eu sou “meio intelectual, meio de esquerda”! Obrigada, Antonio Prata!

5 – E esses textos que exemplificam bem como se deve escrever? Em “Você vai casar com a ideia errada e escrever textos ruins” aprendemos como elevar a escrita ao nível de relacionamento.

6 – Você sabe “Como a tecnologia sequestra a mente das pessoas”? Acredite, você também está tendo a mente surrupiada. Quanto mais eu pensava que “não, sou muito inteligente para me deixar levar por esses truques” mais o texto me mostrava que eu estava errada e que caio nas armadilhas das redes sociais.

7 – No Jornalismo, uma das regras de ética é que, se a fonte desejar, pode manter-se em sigilo. Isso é um direito porque pode colocar a vida do informante em risco. O que fazer então quando um jornalista tem suas ligações sigilosas quebradas por decisão de uma juíza? Esclarecendo: ele não cometeu nenhum crime, recusou-se a divulgar sua fonte e essa medida foi tomada para descobrir a identidade do informante. Lembrando que a fonte é protegida pela nossa Constituição. Mais sobre em “Ameaça à imprensa: juíza quebra sigilo telefônico de jornalista de Época”.

8 – Na moda, existem muitos objetos que marcam época. E muitos acessórios ficaram famosos porque algum famoso o usava. Em “Os chapéus mais famosos de sempre” podemos ver destacados os acessórios de Charles Chaplin, Carmem Miranda, entre outros.


10 – Ainda sobre cachorros: “A história oral da TV Colosso” conta como foi criar e produzir esse sucesso dos anos 90! E tá recheado de fotos de bastidores. Esse programa foi a minha Galinha Pintadinha da infância!

11 – Para fechar com chave de ouro: “Veja as fotos mais engraçadas do reino animal”. Vários bichíneos fofíneos!

domingo, 9 de outubro de 2016

Trabalho Honesto, por Rodrigo van Kampen

 
A gente sempre acredita que o que vem de outro país é melhor, que conteúdo artístico e de entretenimento só são bons se feitos fora da nossa pátria amada. Mas temos muitas coisas ótimas no Brasil! Como eu já falei aqui, só quem não conhece o Brasil pode acreditar que ele é feito de coisas feias e pessoas ruins. E isso vale para todas as áreas. Sempre me pergunto por que será que tendemos sempre a ver o lado ruim do nosso país e achar que a grama do vizinho é sempre mais verde.

Sou a favor de enaltecermos obras brasileiras e desmitificarmos essa coisa de “se é nacional, não é tão bom”. Um ótimo exemplo disso é o livro da novela Trabalho Honesto do escritor Rodrigo van Kampen. Eu assino Viver da Escrita, uma newsletter para escritores, e esses tempos fiquei sabendo desse projeto. Assinei para receber em primeira mão, porque a história se passa em Campinas, cidade próxima a minha. Nada de bruxas, elfos, magos. Aqui o negócio é tropical! Tem saci, lobisomem, iara, boto, cuca. Tem bairros e rodovias brasileiras. Tem ação, aventura, crimes, máfia. Tem tudo o que podemos esperar de uma boa obra de ficção literária, sem dever nada para as obras gringas.

É dessas histórias que te prendem do começo ao fim e você fica louco para saber o que vem depois. Cada capítulo vem recheado com uma nova aventura do lobisomem Rhalfe e sua amiga/parceira Lúcia. Embora seja ficção, tem muita coisa alí que não tem como não comparar com nossa sociedade, que infelizmente, ainda é cheia de preconceitos. Sou dessas que não sabe escrever muito sem dar spoilers, então, vou parar por aqui.

Link para comprar o livro na Amazon: https://www.amazon.com.br/dp/B01M0PJEO4/ref=cm_cr_ryp_prd_ttl_sol_0

Para conhecer mais o trabalho do autor: http://rodrigovankampen.com.br/

Viver da Escrita: http://viverdaescrita.com.br/

Mais sobre Trabalho Honesto: http://rodrigovankampen.com.br/blog/2016/trabalho-honesto/

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Amanda Palmer, a sua Arte de Pedir e os artistas de rua

A internet inteira falando de Amanda Palmer, claramente a pessoa pouco curiosa que eu sou ia acabar indo atrás do tal livro A Arte de Pedir. No começo, a leitura não me prendeu. Eu não era intima da Palmer para saber o motivo da vida dela ser tão interessante aos olhos dos outros. Por isso, acabei largado o livro depois de algumas páginas, sem ainda ter tido oportunidade de conhecê-la. Mas né, a vida, essa estranha e traiçoeira vida tratou de me mostrar que eu tinha SIM que ler o livro todo. Em um dia de manhã, indo para a aula, parei em um semáforo e pela primeira vez eu enxerguei no cara que faz malabarismos no sinal um artista e não um ser qu,e só queria pedir meu dinheiro. Ele era exatamente como eu quando subi em um palco para atuar, sentindo a emoção de entrar em contato com o público e mostrar sua obra prima. Amanda tinha me feito, com aquelas poucas páginas, entender que artista de rua não é mendigo, é um trabalhador como outro qualquer, como eu mesma trabalho. Ele não está pedindo dinheiro, está oferecendo sua arte e você paga se quiser, se conseguir vê-lo (no sentido de sentir a intenção dele, interagir com o olhar e compreender a arte). Como eu pude pré julgar tanto?
Se antes eu tinha um ciúme absurdo das minhas moedas que iriam parar em um cofrinho em casa, hoje conto-as para poder pagar as apresentações de semáforos. Consigo prestigiar como se fosse uma longa peça teatral com vários atos, ainda que dure menos de um minuto.

A história d’A Noiva, personagem estátua criada por Amanda (e que foi seu trabalho durante anos), me mostrou que há uma troca entre artistas de rua e os espectadores que param por alguns segundos de seus corridos dias para observar a apresentação de um até então desconhecido. Depois que decidi continuar o livro (e logo viciei na leitura, devorando página por página) aprendi muito mais, não só sobre pessoas e trocas, mas também sobre confiança, oferecer e aceitar ajuda e acima de tudo entendi que pedir é algo natural do ser humano, não é um ato vergonhoso, não é preguiça e nem se iguala a mendigar. Compartilhar momentos e coisas com outras pessoas é uma dádiva. Conheci o coração de Amanda, conheci detalhes íntimos de seu casamento, conheci sua lealdade aos fãs e amigos, seu carinho e dedicação à arte. Fechei o livro me sentindo amiga intima dela, como se tivesse mergulhado profundamente dentro de sua alma. E agora estou aqui ouvindo todas as músicas dela que encontro pra me conectar ainda mais com essa grande mulher! 

Esse ano eu tive muita sorte com livros, encontrei um melhor que o outro, aprendi muito com eles e me identifiquei totalmente. Minha lista de favoritos ganhou algumas linhas.

"Quando a gente examina a gênese das grandes obras de arte, dos novos empreendimentos de sucesso, das mudanças políticas revolucionárias, sempre é possível identificar uma história de trocas monetárias e não monetárias, de mecenas ocultos e favores subjacentes. Podemos achar maravilhoso o mito moderno de Steve Jobs se matando de trabalhar na garagem dos pais para criar o primeiro computador da Apple, mas essa imagem não mostra a cena talvez constrangedora em que Steve — provavelmente durante um jantar macrobiótico com carne de soja — teve que pedir a garagem aos pais. A única coisa que sabemos é que eles concordaram. E agora temos iPhones". (Amanda Palmer em A Arte de Pedir)

sábado, 1 de outubro de 2016

Apanhado de links #4

Esse negócio de falta de tempo pode até me deixar sem escrever, mas continuo lendo bons conteúdos quando sobra uns minutinhos. E vou começar com animais, porque sim:

1. A gente sabe que animais são espertos. Meu cachorro, por exemplo, fica todo feliz quando ouve o barulho da caixinha do remédio para o coração que ele toma. Longe de ser porque ele ama remédios, mas porque a gente sempre dá um pedaço de queijo como recompensa! Além disso, ele é melhor que qualquer despertador. Todos os dias ele acorda as 6h e arranha minha mãe até ela levantar (sem ter muita escolha). É que essa é a hora que ele vai passear para fazer suas necessidades matinais! 
Mas e quando o assunto é luto? Será que os animais, de estimação ou não, entendem quando alguém morre? Essa matéria é esclarecedora: “Existe luto no reino animal?”.

2. Eu já falei aqui sobre esse terrorismo nutricional que vivemos, onde alimentos são glorificados num dia e demonizados no outro. É sobre isso que fala esse excelente texto, com opiniões, da nutricionista comportamental Nathalia Petry (que eu adoro e sigo em todos os cantos dessa internet): “Açúcar, seria ele o grade vilão?”.

3. Esse link é pra quem acha que as Kardashians são um emaranhado de bundas, plásticas, beleza e falta de talento (como a gente lê por aí, infelizmente). Em “Kadashians: uma história” é abordado o poder empreendedor das meninas, seus trabalhos e porque elas são muito mais que rostinhos bonitos em um reality show.

4. Eu sempre paro pra pensar que a gente não tem ideia da grandiosidade do universo. Depois que eu conheci esse incrível mapa em escala, pude ter uma leve noção disso. E essa matéria: “As imagens de Kevin Wisbith vão mudar a perspectiva que você tem de mundo” me impressionou igualmente. Adoro coisas assim que me trazem à realidade de como somos um grão de areia perto de tudo o que nos cerca.

5. Imagine sua vida sem documentos. Seria perturbador não ter como provar que você é você, não é? Imagine viver sem identidade, sem ter uma nacionalidade, sem poder prestar concursos públicos, ingressar em universidades ou até mesmo ser registrado em algum trabalho. Pois essa foi, por 26 anos, a situação de Maha Jean Mamo, mulher apátrida que conseguiu ter seus documentos só depois de adulta e aqui no Brasil. História surpreendente com o título de “A garota de lugar nenhum”.

6. Como sou a “louca das newsletters” será que amei claro ou com certeza o texto “A volta da newsletter”?

7. O Setembro Amarelo acabou, mas eu consumi muito conteúdo bom sobre o tema, embora não tenha me sentido capaz de escrever sobre algo tão complexo. O texto “Ainda estamos vivendo numa geração Prozac” toca em questões profundas, alinhando com o filme de mesmo nome, tão especial pra mim. Destaco esse parágrafo que bateu lá no fundo da alma (muitas vezes me senti culpada por tomar medicamentos controlados e não ser "forte o suficiente"):

“Prozac, Valium, Rivotril. Eles estão na lista proibida, da cor de sua tarja. Mal sabem essas pessoas que um comprimido desses pode evitar uma catástrofe. Que eles não são vilões que tem como função impregnar o cérebro com sua substância e criar viciados em potencial. São aliados no tratamento de uma doença, e na preservação de uma vida. E que tomá-los ou não, não é uma escolha. É engraçado que ninguém fala para um cardíaco abandonar seus remédios, porque o certo é deixar o coração se fortalecer batendo sozinho. Por que então falar para uma pessoa com depressão não aceitar tomar medicamentos?” (Yuu. Ainda estamos vivendo numa geração Prozac. Valkirias, set. 2016)

8. E por último, uma grata surpresa que tive: descobrir um pouco do trabalho da jornalista Martha Gellhorn. Quero ler tudo que essa mulher produziu! Como não conheci ela antes? Alô faculdades de jornalismo, vamos dar esses exemplos em sala de aula (que eu não tive, infelizmente). Leia “Guerra e registro: Marthe Gellhorn #SemanaDosLivrosBanidos.
That's all, folks ♥