domingo, 25 de setembro de 2016

O que fazemos nas sombras

Não sou muito chegada em filmes de comédia, porque geralmente eles têm piadas muito clichês e sem graça, estilo Zorra Total e A Praça é Nossa. Então, pra eu achar um filme bom mesmo, ele tem que me arrancar muitas risadas. Poucos conseguiram isso. Um deles é Brüno (2009), com o excelente ator Sacha Baron Cohen. Achei que nunca mais riria tanto assistindo uma comédia. E ainda bem que eu estava enganada! 

What We Do In the Shadows (O que fazemos nas sombras, de 2014) é um filme da Nova Zelândia, que faz sátira com o mundo dos vampiros (com participações de lobisomens). Alguém está gravando um documentário sobre vampiros em uma casa onde vivem 4 deles: Viago (Taika Waititi), Deacon (Jonathan Brugh), Vladislav (Jemaine Clement) e Petyr (Ben Fransham), que depois se juntam com Nick (Cori Gonzales-Macuer), um vampiro recém transformado. Eles vão relatando como caçam em casas noturnas, como é ser imortal, quais são suas dificuldades, como é ter que fugir da luz do sol e o que acontece quando eles se expõe a ela, como é amar alguém que é humano e ver ele envelhecer ou morrer, etc etc etc. No decorrer da história, muitas situações inesperadas acontecem e temos várias cenas nada clichês.

Destaque para os conflitos entre os vampiros e lobisomens. Essa cena abaixo se passa enquanto os vampiros estão voltando de uma boate e acabam encontrando um grupo de lobisomens. Deacon, o mais esquentadinho dos vampiros, não resiste e acaba provocando. Embora os lobos não estejam muito a fim de confusão, as farpas acabam sendo trocadas:

 
 
 

Na cena seguinte, Deacon finge jogar uma vareta e prontamente um dos lobisomens começa a correr atrás para pegar:


E a próxima cena, é de quando os lobisomens vão visitar a casa dos vampiros. A recomendação dos anfitriãos logo na entrada é a seguinte:
 

Vontade de colocar prints do filme inteiro, porque todas as cenas são ótimas! Entrou pra lista de filmes preferidos! ♥

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Playlist: músicas pelas quais estou obcecada

Eu tenho um sério problema em dirigir sem alguém no banco do carona, por isso, sempre que preciso dirigir nessas condições, coloco o som no último volume para não me sentir sozinha. Embora meu pen drive tenha atualmente 316 músicas, ouço repetidas vezes apenas umas 15. E cada vez que encontro uma música que me faz parar o que estou fazendo para poder escutar, fico nessa de repeat eterno (enquanto dure). Então, fiz uma lista das músicas que, sério, não consigo parar de escutar no último mês!




Phillip Phillips – Gone, Gone, Gone – música mais amor de todas!
WILD – Silver & Gold
TUYO – Rodrigo Amarante (Vintage Culture Remix) – alô, Narcos
Iwan Rheon – Bang! Bang! – RIP Ramsay Bolton
Eleanor Friedberger – Your World
Criolo – Ainda Há Tempo – Brasiiiiil
Karol Conka – É o Poder – Brasiiiiil²
Madonna – Bitch I’m Madonna (feat Nicki Minaj)
Jonas Blue – Fast Car (feat Dakota)
Little Coyote – Neverending
Marina and the Diamonds – Blue
Kevin Morby – Tiny Fires
Swedish House Mafia – Save the World – melhor clipe de todos os tempos!

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

E eu, que fui emo?

Eu fazia parte dessa comunidade no Orkut. Mas claro que era pra zoar os emos porque eu não era emo, imagine, jamais, zulivre, longe de mim... 
Mas daí os anos passam, você vira uma pessoa adulta e percebe que aquela comunidade era uma premonição do que seria a realidade hoje. Olhando umas fotos antigas que achei perdidas no meu HD externo, percebi que meus filhos sentirão muita vergonha de dizer que a mãe deles chorava ouvindo músicas melancólicas em dias chuvosos e tristes, borrando todo o lápis de olho. E como auto-zoeira é algo maravilhoso, vou upar umas fotos pra essa internet e manchar minha imagem para todo o sempre.

Aqui sou eu na minha época pseudo-emo. A franjinha já começava a ser jogada pro lado e o lápis de olho já chamava atenção. Mas ainda tá aceitável, vai (não).
Nessa foto abaixo a pessoa aqui já tinha começado a ter problemas porque né, quem mais juntava azamigas de tarde em casa para fazer lacinhos de fita colorida para colocar no cabelo? 
PS.: com direito a sessão de fotos. Essa era minha "maridáh" porque todo emo que era emo tinha marida (Kah ♥)
PS²: U-N-H-A-P-P-Y-D-O-L-L.

Depois a coisa foi piorando, porque comecei a descolorir partes do meu cabelo e comprar fantasia de anjo só pra tirar foto. Percebam a franja cobrindo o olho também, tava metamorfoseando:

Aí começou a ficar mais grave. Cabelo descolorido + soco inglês no pescoço + foto de webcam + casaco peludo + um milhão de ursinhos de pelúcia fofíneos no quarto:

Dá pra piorar? Dá! É só repicar o cabelo, não esquecendo da franja:

E claro, tirar foto e deixar em preto e branco no Photoshop, representando a alma a triste e sensível que todo emuxo tem:

E pra finalizar tem foto cozamigo porque ninguém merece chorar sozinho:
 
 

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Declaração de amor a Alucinadamente Feliz (e a Jenny Lawson)


Nessas promessas de ano novo, eu decidi que leria mais livros escritos por mulheres. Mas claramente sou dessas que vai adiando os planos até onde dá. Dia desses, li em alguma newsletter sobre o livro “Alucinadamente Feliz”, que falava sobre depressão de uma maneira cômica, escrito por uma mulher. E eu pensei: “por que não?” e olha, foi a melhor decisão de leitura dos últimos tempos (e com certeza a melhor decisão que eu poderia tomar agora)! Minha vida passou a ser dividida entre AJL (Antes de Jenny Laswon - autora do livro) e DJL (Depois de Jenny Lawson).

Comecei o livro esperando que fosse mais um daqueles de "auto zoeira", onde toda situação difícil vivida pelo autor é transformada em ridícula. Mas não é bem assim. Jenny vive coisas que eu pensava que só acontecessem comigo. E ela mostra que acontece com muito mais gente do que achamos. Ela entende totalmente como é ter depressão, crises de ansiedade, como é ter a mente te falando coisas terríveis a todo instante. E sabe também como é pesada a carga de levantar da cama em certos dias. Ela também passa por situações em que precisa se esconder do mundo e finge que não está em casa quando não consegue receber pessoas por causa de sua condição. Desconfio que ela também desmarque compromissos por causa de alguma crise com a desculpa de “não vai dar porque vou almoçar com minha tia, meu cachorro está com gripe canina, ou insira aqui qualquer outro clichê”. Me senti compreendida, como se eu tivesse uma amiga que entendesse tudo o que eu passo. Porque acho que uma das piores coisas na depressão é quando as pessoas acham que é preguiça sua, falta de esforço, fraqueza, como se bastasse tomar uma atitude, levantar da cama e sair por aí aproveitando a vida porque tem pessoas que sofrem mais do que você. Culpam o depressivo por ter depressão, como se ele escolhesse sofrer. Jenny faz uma comparação que, embora pareça absurda, é incrivelmente válida: falar para um depressivo “levante a vá viver, é fácil, você que está complicando as coisas” é a mesma coisa que falar para uma pessoa que acabou de perder seu braço “coloque seu braço de volta, é fácil, você que está complicando as coisas”.

Jenny me fez rir muito com suas historias. Fez com que eu me sentisse compreendida e abraçada. Me transportou pra Austrália junto com ela, numa viagem que fez. Em muitos momentos pensei “é claro que ela não fez isso de verdade, só escreveu pra ser engraçadinha” e em seguida a surpresa: fotos comprovando o quanto ela está sendo alucinadamente feliz fazendo suas maluquices. Em outros momentos, me cutucou lá no fundo, me levou numa viagem para dentro de mim. E eu chorei. Lembrei de situações que passo com pessoas que eu sei que me amam, se preocupam comigo, mas não entendem a doença que tenho. E que, em vez de ajudar, estão me colocando mais pra baixo quando falam pra eu “ir viver”. Porque minha mente recebe isso como “olha como você é fracassada, não merece nada do que tem, culpa sua viver nesse estado”. E as vezes eu sinto vontade de morrer. De dormir e não acordar mais para ter que encarar meu dia a dia. Me sinto incapaz. Mas Jenny me lembrou que estamos vivas, que já lutamos com esses nossos monstros internos e vencemos outras vezes.

E, depois de anos de terapia e remédios, sou quase normal. As vezes tenho minhas crises, luto diariamente para conseguir levantar da cama. As vezes choro escondida no meio da noite, as vezes chega o fim do dia e eu desabo numa crise de ansiedade. As vezes desconto na comida com a minha tão conhecida compulsão alimentar. As vezes fujo de compromissos como o diabo foge da cruz. Mas tenho orgulho de dizer que, na maioria das vezes, eu venço a guerra contra eu mesma. E é um alívio perceber que eu sou capaz, que eu valho muito, que eu consigo me superar. Obrigada, Jenny, por me lembrar disso!

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Apanhado de links #3

1. Esse é um bom link para quem quer entender uma das possíveis lógicas do filme Cópia Perfeita (sem citar o filme, por favor!). Fala sobre a importância de cópias de obras de arte e monumentos. A matéria “Como réplicas de Caravaggio e de tumbas faraônicas podem ajudar a salvar obras ameaçadas?” dá uma luz para quem não entende que reproduções podem ter igual importância que a original.

2. Amo Girls e ainda não tive tempo de assistir a temporada desse ano, triste. Mas pra me deixar com mais saudades, caí num link com fotos lindas da Hanna e da Jessa Lena e da Jemime, para uma propaganda de lingerie. E o melhor: “Nada de Photoshop!” E viva a beleza natural!

3. Ainda falando de mulheres lindas, essa “bailarina plus size quebra barreiras e prova que todos os corpos podem ser o que quiserem”. Eu queria ter essa elasticidade, gente! Fora que a moça é linda, com curvas de dar inveja!

4. Mudando de assunto... Eu nunca confiei em alugar uma casa para temporada pela internet. Quando precisei fazer isso e alugar uma em Foz do Iguaçu, fui preparada para procurar hotel, de medo de ser um esquema maléfico de pessoas que alugam algo que nem se quer existe (ou existe e é o endereço de um aterro sanitário). Por sorte, a mulher que nos alugou foi super sincera, era um amor de pessoa e o principal: o apartamento existia! Mas eu sei que tem muita gente que não tem a mesma sorte que eu tive. Por isso "histórias de quem alugou casa pela internet e deu merda" seria cômico, se não fosse trágico.

5. E agora quero deixar claro que eu sei que todo mundo repostou esse post do Buzzfeed, mas eu preciso postar aqui no blog, porque olha: surpreendente! A história de Dee Dee e Gypsy é impressionante: a filha arquitetou a morte da mãe porque foi criada como se tivesse uma doença, quando na verdade era saudável. Esse é um daqueles links intrigantes, com texto bem escrito, pra favoritar e reler de vez em quando. O título é uma fala de Gypsy: “Ela teria sido uma mãe perfeita para alguém que estivesse realmente doente”.

6. E essa semana eu terminei a leitura do livro Manson, de Jeff Guinn (recomendo muito!), que conta a história completa de Charlie Manson e sua “Família”, responsáveis pelos assassinatos Tate-LaBianca (entre outros). Eles viviam de acordo com o freeganismo, ou seja, pegavam comidas que iam para o lixo para se alimentarem. Aí me deparei com esse texto: “Comi lixo por uma semana para entender a ascensão e a queda do freeganismo” e achei muito interessante.

7. Ainda falando sobre livros, descobri que preciso ler A Sociedade da Neve de Bernardo Ajzenberg. Achei esse link sobre o livro que contém “o relato inédito dos sobreviventes dos andes” em uma das minhas pesquisas para escrever sobre “as atrocidades do canibalismo” para a obvious (auto merchan, bjs). 

8. E por último, esse post que eu super indiquei no Facebook, essencial para entender quem tem crises de ansiedade: 22 coisas.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

História da Moda: anos 20

Nessa década nós temos uma continuidade da moda dos anos 10. Para as mulheres, há a presença da androginia representada pelos seios achatados com faixas, além da cintura não ficar mais curva e ser deslocada para a altura dos quadris. Os vestidos e saias encurtaram pouco abaixo dos joelhos, para que as moças pudessem dançar sem empecilhos. Ou seja, finalmente as pernas estavam a mostra! E foi aí que as meias de seda cor-de-pele entraram.

A saia encurta e a perna fica aparente no look


É nessa época que as roupas de classes baixas e altas quase se igualaram. A diferença estava no tecido e na qualidade das peças, mas em modelos, eram quase iguais. As formas foram simplificadas para dar lugar a um maior movimento e as formas geométricas entraram em cena por causa da Art Decó que predominava na década.

Era comum o uso do pó-de-arroz, batom vermelho (criando a forma de um coração) e cílios em evidência. Os cabelos curtos estilo à la garçonne (parecido com o dos homens) era o corte da época, coberto pelo cloche, chapéu em formato de sino com pequenas abas. É aqui também que nasce o sutiã e que as roupas de banho encurtam, deixando a coxa a mostra. Apareceram as meninas apelidadas de “melindrosas”, que mantinham o cabelo curto, fumavam em publico, dirigiam carros, dançavam jazz e charleston e usavam muita maquiagem.

Melindrosas, as mulheres ousadas da década de 20


Coco Chanel foi o destaque da década e inspirou-se em trajes masculinos para criar artigos femininos. Introduziu o tweed, tecido barato que não era usado pela alta costura até então. E graças a ela até hoje o “pretinho básico” é conceituado. Até Chanel lançar essa moda, o preto era usado apenas no período de luto, geralmente por senhoras e nunca por jovens. Saiba mais sobre a importância de Chanel para a libertação feminina nesse link.

Chapéu cloche, saias com comprimentos próximos do joelho, pérolas no pescoço, cabelos curtos, cintura deslocada para baixo e seios apertados por faixas: características das vestimentas dos anos 20

Para os homens, o começo da década foi marcado por terno curto e depois, passaram a usar calças retas e curtas, que mostravam as meias. Mais para o fim dos anos 20 surgiram calças mais amplas. Entraram em cena o tecido Príncipe de Gales, os sapatos bicolores e o chapéu coco. O smoking era usado a noite ou em ocasiões formais.

As calças curtas e amplas usadas nos anos 20

Quase nos anos 30, surgiram as franjas e a assimetria entre a parte da frente e a de trás do comprimento das roupas. E pra finalizar esse post, fiquem com essa foto da equipe de rifle feminina dessa década:


Veja mais posts sobre a História da Moda:
  1. História da Moda: Pré História
  2. História da Moda - ANTIGUIDADE (egípcios, assírios, babilônios e persas)
  3. História da Moda - ANTIGUIDADE CLÁSSICA (Creta, Grécia e Roma)
  4. História da Moda - IDADE MÉDIA
  5. História da Moda: IDADE MODERNA
  6. História da Moda: IDADE CONTEMPORÂNEA
  7. História da Moda: SÉCULO XX – 1900 e anos 10
  8. História da Moda: Anos 30
  9. História da Moda: Anos 40
  10. História da Moda: Anos 50
  11. História da Moda: Anos 60
  12. História da Moda: Théâtre de La Mode
  13. História da Moda: trajes gaúchos
historia da moda anos 20