terça-feira, 24 de março de 2015

David Bowie sendo mímico

David Bowie é um artista completo. Ele aprendeu a representar como ator e ganhou experiência com relação a figurinos, iluminação e cenografia com o mímico, ator e dançarino Lindsay Kemp. Esse conhecimento foi importante para a criação de personagens icônicos como Ziggy Stardust. Bowie chegou a trabalhar um bom tempo como ator/mímico. No vídeo acima você pode conferir o artista se apresentando como mímico numa performance chamada The Mask, em 1967.

Pois é, querido camaleão, não basta você ser incrível na música, ainda tem que ser um grande intérprete, né não?

segunda-feira, 23 de março de 2015

Documentário: Clandestinas


"Somos clandestinas
Por toda cidade
Mulheres meninas
De todas idades
E de todas as cores
E de todas as classes
Correndo perigo
Culpa do impasse
Quem faz proibido
Guarda em segredo
Para não ser julgada
Para não sentir medo
4 mil sem juros
Passando apuro
Método inseguro
Sangrando no escuro
E quem não tem como pagar
Fica refém do que dá
Agulha, remédio, chá
E continua por lá
Sangrando no escuro só
Veja bem, veja bem
Quem é que é refém
Veja bem, veja bem
E quem lucra com quem
Veja bem, veja bem
Eu que sou a refém
Veja bem, veja bem
E quem lucra com quem
O sistema machista quer nos proibir
Com um papo furado
Mas se homem engravidasse
Já seria legalizado
"E se" já não cabe mais aqui
Já aconteceu, é hora de decidir
Mas de quem é a decisão?
O corpo é meu, não diga que não
O Estado aplica uma punição
Laico e obedece uma religião
Veja só que contradição
Liberdade rapidamente é prisão
Então deixe-me escolher
Não me obrigue a ceder
Não é só questão de ser
É uma questão de querer
Não é só questão de ter
É uma questão de poder
Muito fácil de entender
Não me obrigue a ceder
E aí, qual vai ser?"


Documentário que fala sobre o aborto no Brasil. São histórias de interrupções de gravidez reais interpretadas por atrizes.
Produção Executiva, Idealização e Roteiro: Renata Corrêa
Direção: Fadhia Salomão
Produção: Babi Lopes

domingo, 22 de março de 2015

Minha saga com o slow fashion

Dica encontrada aqui


Quando eu era criança (alô anos 90!) me lembro que volta e meia recebia uma sacola de roupas da minha sobrinha que mora em São Paulo (é, tenho sobrinha mais velha). Eram roupas que não serviam mais nela, afinal, pessoas crescem, mudam de corpo, modificam seus gostos pessoais. Tudo sempre estava em bom estado e muitas peças me agradavam demais. E eu usava até me cansar e então mandava para uma prima mais nova, que morava em Curitiba. Época boa em que roupas duravam!

Do mesmo modo minha outra sobrinha, que tem minha idade, recebia algumas peças e encaminhava outras para outros membros da família. Claro que não vivíamos só de roupas usadas, tínhamos também nossas peças recém compradas ou até costuradas pela minha mãe e minha irmã (que sempre costuraram. Inclusive, quando elas moravam em São Paulo, criavam roupas de crianças e vendiam. Minha mãe é uma costureira de mão cheia, que hoje já não cria mais roupas porque mudou de ramo, mas quando jovem trabalhou até em confecções).

Eu lembro que tinha um brechó ENORME perto de casa e que eu sempre ia lá com a minha mãe quando precisava de uma peça “nova” para sair, um vestido ou até figurinos para apresentações de escola. Óbvio que também comprava roupas novas em lojas, mas o que quero ressaltar aqui é a frequência em que isso acontecia: raramente.

Há alguns anos atrás eu sofria quando queria usar alguma tendência porque elas demoravam para chegar no mercado (cerca de um ano). E quando chegavam, eram em grandes capitais e não na minha cidade (Sorocaba, interior de SP). Hoje a situação mudou tanto que parece que estou escrevendo sobre a época da minha avó. Temos acesso ao fast fashion (moda rápida) onde mal vimos pela internet o desfile da marca X e já podemos sair em seguida e encontrar as peças em qualquer loja.

Quando descobri que não queria ter o guarda-roupa da Paris Hilton
Desde que vi o filme Bling Ring sonhava com aquele closet enorme e cheio de roupas caras da Hilton. Mas aposto que Paris não usa nem metade daquilo tudo. De que adianta ter tantas coisas se não se usa? Eu abro o meu humilde guarda-roupa e vejo muitas peças acumuladas por lá. Tenho várias sem uso, outras que só depois de muito remexer encontro perdida lá no meio, ou seja: nem lembro que as tenho. Tudo culpa das muitas compras que fiz por impulso, para acompanhar o lançamento desenfreado de novas tendências, coleções e microcoleções. E eu não quero mais isso. Quero mudar meu consumo, quero dar valor a uma boa peça, quero questionar de onde vem o que eu visto, quero comprar menos e ser mais grata ao que tenho, quero manter meu estilo intacto, quero costurar mais, quero criar minhas próprias roupas, quero comprar roupas de segunda mão, quero doar as que já não me servem ou as que não combinam mais comigo. Quando comecei a me sentir incomodada com meu guarda roupa, que aconteceu na época em que participei do Concurso Sesi Cria Moda Sustentável (da qual fui uma das finalistas) conheci o movimento slow fashion, termo criado em 2008 pela consultora de Design Sustentável Kate Fletcher. A proposta é desacelerar o consumo, dar valor a durabilidade das peças e voltar a ter práticas mais parecidas com as da minha infância: brechós, costureiras, pouca compra, troca de peças, valorização do profissional que faz a peça, qualidade da roupa a ser comprada. É ser mais ético e mais sustentável quando o assunto é vestimenta.

Vou começar essa semana organizando o guarda-roupa e volto mais tarde com detalhes, com mais posts relacionados a isso, com outras questões levantadas, com dicas, etc. 

:*

terça-feira, 17 de março de 2015

É preciso paz pra poder sorrir

Eu ia escrever alguma coisa, mas daí lembrei de uma música que mostra exatamente como estou me sentindo. E aí está ela:


Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso, porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
 
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir.
 
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
compreender a marcha, e ir tocando em frente

como um velho boiadeiro levando a boiada,
eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou,
de estrada eu sou
   
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz,
e ser feliz