domingo, 29 de junho de 2014

Espetáculo Ana e o Mar

É muita emoção para o meu coraçãozinho fazer uma vilã nessa peça. Uma bruxa em forma de "sereia bonita sentada na pedra mais alta", chamada Chiara. Por eu ser tão fã de O Teatro Mágico, é uma honra fazer parte do elenco de Ana e o Mar, espetáculo baseado na música de mesmo nome da trupe. Cada dia de ensaio valeu a pena. Cada segundinho confeccionando os acessórios também. Cada momento buscando o tecido perfeito para fazer o figurino, nem se fala (logo eu que quase não sou apaixonada por figurinos, roupas, moda, etc etc etc, haha) . E a peça ficou linda, incrível, emocionante, com partes muito engraçadas. Uma mistura de sentimentos lindos com Bob Wilson e músicas do TM. E hoje foi o último ensaio antes de apresentá-la. Tem como imaginar minha ansiedade para que chegue logo sexta-feira, dia 4, para mostrar ao público essa magia toda?



"Histórias que nos contam na cama antes da gente dormir..."

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Figurino: Meu Pedacinho de Chão


Não sou lá muito fã de novela. Detesto os roteiros mal trabalhados, noventa e nove por cento fora da realidade, feitos para vender. Com Meu Pedacinho de Chão então, nem se fala: nunca consegui assistir um capítulo completo. Acho a trama bem ruim! Mas o cenário é de tirar o fôlego. Mais lindos que os cenários, só os figurinos! Me encantam MUITO! Imaginei cinquenta peças teatrais com figurinos do tipo, sério. Thanara Schonardïe é a figurinista por trás das roupas da novela das 18h. A estilista é formada em Jornalismo, em Moda e Estilo e também em Publicidade, além de ter especialização em Produção de Imagens com Meios Tecnológicos  (tou quase chegando nela, beijos!). Vamos ver fotos das suas criações?

 
Para a personagem de Bruna Linzmeyer, a professora Juliana, Thanara criou um corselete cheio de ondas feitas de um couro bem fino de pintura metalizada rosa misturado com uma imitação de couro azulada. As mangas são feitas de florzinhas de plástico com contas de pérolas.



Para o meu figurino preferido, o de Zelão, interpretado por Irandhir Santos, ela usou canudos. Outros materiais utilizados foram o neoprene, o látex e tapete de borracha, para dar um efeito 3D.




Já Madame Catarina, personagem de Juliana Paes, foi inspirada em Maria Antonieta! Até as cores das perucas usadas por ela mudam de acordo com a cena. Seu figurino tem muita pedraria, brilhos e enfeites. A figurinista misturou plásticos a fitas originais do período Vitoriano, o que eu acho incrível!

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Para a confecção dos figurinos foram utilizadas técnicas de reciclagem com peças descartadas do acervo global. Uniram-se então os mais diversos materiais (talheres de plástico, bexigas, brinquedos, etc). 
Todos os figurinos dessa novela merecem atenção por suas misturas inusitadas e riquezas de detalhes. Os cenários com animais falsos e muita cor também merecem ser apreciados. Se não fosse a trama, que eu acho fraquinha pelo que já li e pelo pouco que vi, com certeza eu não perderia um capítulo, haha!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Sonhos realizados x sonhos a realizar: shows

Esses dias eu estava no meio de um trânsito infernal (não é só na capital que a gente passa nervoso dirigindo não!) e pensei "cara, já realizei tantos sonhos nessa vida mas ainda faltam tantos outros!". Porque a lei do universo é essa: a gente nunca está suficientemente satisfeito. Mas pensando bem, os sonhos são o que nos impulsionam a agir, a mudar, a progredir na vida. Então vou listar aqui vez ou outra sonhos que realizei e outros, que seguem a mesma linha, que faltam realizar. E comecemos por meu assunto preferido: shows! (Lembrando que a lista  não segue nenhuma ordem de importância, embora A7x foi o mais importante deles!) ♥

Avenged Sevenfold. Fui em três dos cinco shows. Quero muito mais, obviamente. Mas para quem sonhava com um showzinho apenas, sai mais do que no lucro.
Demi Lovato. É, me julguem muito. Mas sou apaixonada pela história dela. Esse show caiu de paraquedas, porque eu fui mesmo para ver McFly e ganhei de presente essa coisa linda que é a Demi!
Down. A oportunidade de ver Phil Anselmo valeu por tudo. Mas o show deles é incrível! Consegui ficar na grade. Gritei horrores. Quero de novo, pode?
McFly. A banda da minha pré-adolescência. Perdi todos os shows e depois de véia consegui ir. Meus eternos amores!
O Teatro Mágico, representando muito bem nossos artistas brasileiros. As letras que falam por mim e me inspiram diariamente. Essa foto tirei no primeiro show que fui deles, em Votorantim. Depois tive a oportunidade de revê-los em Sorocaba. E espero que venham mais mil shows da trupe para eu ir!
The Wanted. Vejam só se não fui sortuda demais nesse dia. McFly, Demi e The Wanted. Três shows que eu sonhava em ver numa noite só. Inesquecível!

Simple Plan. Porque eles também fizeram parte da minha vida. Hoje concordo que as músicas deles não são nem de longe boas. Mas quem nunca caiu de amores por uma banda dessas, que atire a primeira pedra. Sonhei em ir em show deles no auge, nunca pude. Depois de grande consegui vê-los na segunda edição do SWU. Mais uma vez peguei a grade. Na foto, meu muso de infância: David Desrosiers, que fcou a menos de dois metros de mim. :D

E o que falta?
Acreditem ou não, só falta agora um show do Foster the People. Claro que eu ficaria muito feliz também em ver Paul McCartney, mas me sentiria completamente realizada se só rolasse show do Foster mesmo. :P

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Sobre a liberdade corporal

Sou dessas que acredita e prega que o corpo de cada um só diz respeito a si mesmo. Sendo você o dono de seu corpo pode fazer o que bem entender dele. Você é livre para usá-lo da forma que achar melhor, que mais lhe agradar. Partindo disso, quero falar sobre três notícias que me chamaram bastante atenção nos últimos dias:
  1. O estudante que comeu parte do próprio corpo como um projeto de arte
  2. O evento “Xereca Satânik” dentro da Universidade Federal Fluminense, em Rio das Ostras – RJ
  3. O projeto de lei que visa proibir e criminalizar o eyeball tattooing no Brasil
No primeiro caso, Alexander Selvik Wengshoel, 25, sofria com problemas em seus quadris. Quando finalmente pôde substitui-lo por uma prótese, levou embora seu osso com pedaços de seu quadril do hospital. Em casa, ele decidiu fritar sua própria carne junto com pimenta e alho e comeu com batatas e vinho. Fez tudo em nome da arte e apresentou em seu trabalho de conclusão de curso. “Meu objetivo é fazer o público refletir. A vida é curta e as pessoas têm o hábito de fugir da dor. Um corte no dedo e elas já estão engolindo algum comprimido. A dor não é física – é uma ideia, algo que você pode aprender a lidar. Não precisa ser algo negativo. Só quero que o público pense sobre o que é a vida, e o que o corpo significa para você”, declarou ele. Aí o mundo inteiro o acusa de ser canibal, de estar louco e bla bla bla. Mas quanto a isso, ele mesmo se “defende”:  “Canibalismo se baseia principalmente na ideia de matar outra pessoa e comê-la – geralmente crua. Gosto de comparar o meu ato a comer a placenta depois de dar a luz. É parte do seu corpo. Você pode chamar de canibalismo se quiser, mas eu não acho que seja isso”.

A segunda história é a que mais me intriga. Muita revolta nessa internet por conta dela. Motivo? SENSACIONALISMO em cima do ocorrido. Como explicou Daniel Caetano, responsável pelo Departamento de Artes e Estudos Culturais, em seu Facebook, a performance foi feita para chocar, fazia parte de uma disciplina chamada Corpo e Resistência e contou com a apresentação de um coletivo que foi de Minas Gerais até a Universidade. Ele ainda ressalta que “infelizmente, há pessoas que acreditam que o mundo deve ser moldado à sua imagem e semelhança, sem permitir qualquer espécie de desvio do padrão ou mesmo qualquer espécie de afronta à sua sensibilidade confortável, conformista e preguiçosa. A costura de partes do corpo, inclusive da região genital, não é novidade para qualquer pessoa que tenha lido mais de um parágrafo sobre arte contemporânea posterior aos anos 1970. Sugiro a quem quiser saber mais sobre o assunto que pesquise os trabalhos de pessoas como Marina Abramovic e Lydia Lunch. A performance tinha como um dos objetivos denunciar a constante violência contra mulheres na cidade de Rio das Ostras, onde as ocorrências de estupros estão entre as maiores do país. O caso é que foram feitas e divulgadas fotos do evento - o que deu a ele uma dimensão política e social que vai muito além dos muros do Pólo, tornando-se tema de blogs sensacionalistas e da imprensa marrom”. Ele ainda afirma que não houveram rituais satânicos como propunha o convite e como foi divulgado pela imprensa sensacionalista. Tudo foi apenas provocativo, como ele já afirmou, com o objetivo de chocar. Leia o relato completo aqui.

Pronto. O corpo é da performista e se ela quis costurar sua vagina em forma de protesto/arte, também é escolha e problema dela. Os outros envolvidos também fizeram tudo por vontade própria. Nenhuma pessoa foi obrigada a ver. Você pode não gostar, não simpatizar, achar escroto e até se ofender quando aparece “satânico” no meio por conta de suas crenças, mas não possui o direito de julgá-los ou julgar qualquer pessoa que tenha participado pois tudo foi por livre e espontânea vontade e carregava um propósito. Aliás, outra coisa que Daniel Caetano lembra: “embora não tenham sido feitos ‘rituais satânicos’ e o título do evento fosse essencialmente provocativo (ao contrário do que o jornalismo marrom afirmou), precisamos dizer que não haverá de nossa parte qualquer censura a atos do gênero. A universidade pública é LAICA, como todo o estado brasileiro”.

Essas duas primeiras histórias podem até nos causar espanto. Mas elas fazem parte de uma arte contemporânea. O cara quis comer uma parte de si mesmo, não matou ou mutilou ninguém e nem a si próprio, afinal, o osso e a carne do quadril foram retirados justamente para que não o atrapalhassem mais! A decisão sobre o que fazer com o que restou é dele e se ele quis provar seu próprio sabor é problema dele. Pode causar estranheza em que vê, mas ele fez o que quis, tendo em mente seus próprios propósitos, sem cometer nenhum crime.

E quanto a lei para criminalizar a prática do eyeball tattooing no Brasil... gente, pelamor né? Quem procura esse procedimento está ciente dos riscos, ninguém vai enganado tatuar os olhos não. É uma decisão bem pensada. Nunca houve um caso de cegueira, embora envolvam riscos. O que se precisa é investir em pesquisas para que a pratica seja aperfeiçoada. Clique aqui para ler um texto do portal Frrrk Guys que fala mais sobre e com certeza explica melhor do que eu. NÃO É POR SAUDE que o deputado federal Rogério Peninha Mendonça criou esse projeto de lei, muito menos para proteger as pessoas. Novamente repito: o corpo é deles e cabe a eles e SOMENTE  a eles decidir o que fazer ou não. Chega de preconceito, de viver nesse mundinho fechado de mente trancada.

PS: "aiiin Graziele, você se diz cristã e apoia essas práticas e blá blá blá". Tenho minhas opiniões pessoais sobre cada um dos casos, mas entendo uma coisa: ser cristã não é sinônimo de ser intolerante e também sei que o corpo, como já disse, é de cada um. Corpo deles, regras deles. Meu corpo, minhas regras. O que eu tenho é uma coisa chamada respeito. Eu entendo que cada qual tem sua crenças, suas regras e que nada no mundo pode me fazer julgá-las por suas atitudes para consigo mesmas.

domingo, 1 de junho de 2014

5 albuns para o resto da vida

Aí que esses dias no Facebook eu me deparo com uma postagem da página Last da Depressão que perguntava: "se vocês pudessem escolher apenas cinco álbuns para ouvir pelo resto da vida, quais seriam?". PÓÓÓÓTA QUE O PARIU, SÓ CINCO? Aí fiquei me imaginando presa em uma ilha deserta, quando surge o gênio da lâmpada e me oferece cinco albúns. Depois de muito pensar, optei por esses:


Troches, Foster the People
Acredito que esse albúm seja o que eu mais ouvi no repeat por toda a minha vida. E se eu não sei o que ouvir é a ele que eu recorro. Não canso (também, Foster demorou 25 anos pra lançar um novo albúm, que eu tinha que me contentar com o único existente e ouví-lo num looping quase eterno).

Avenged Sevenfold, Avenged Sevenfold
De todos do A7x, esse é o meu preferido. Queria colocar todos, mas como nem caberia em apenas cinco albúns, escolhi esse, com muito aperto no coração. Mas Almost Easy é vida! (e Scream e Afterlife e A Little Peace of Heaven e e e e)

Ziggy Stardust, David Bowie
Como eu sobreviveria sem ouvir Lady Stardust? Não dá, vai o albúm inteiro, que toda vez que eu escuto me faz imaginar mil e uma cenas na minha cabecinha quase sem imaginação (só que ao contrário, sou boa pisciana, peixus). 

A trilha sonora de Ex Drummer 
Porque eu precisaria de algo pra me lembrar desse filme bizarro que eu já disse que adoro! E porque as músicas são realmente boas. E porque não limita a um único artista, assim tenho vários pra apreciar. E também porque  "De grotste lul van 't stad" é a melhor música do Flip Kowlier (e eu não precisaria ter medo de que alguém ao meu lado pudesse entender a letra e me julgar por eu ouvir esse tipo de música grotesca, hahahaha!)

White Album, The Beatles 
Meu albúm preferido da fab four é Sargent Pepper's Lonely Hearts Club Band. Mas eu colocaria White Album só para ouvir por dias e dias repetidamente Helter Skelter (mas eu sentiria muita falta de Lucy in the Sky With Diamonds, beijos Lennon!)