14 de março de 2010, Museu da Arte Moderna de Nova
York (MoMa): Marina Abramović inicia a performance “The artist is present”,
reunindo, até o dia 31 de março de mesmo ano, mais de 750 mil visitantes no
museu. No centro de uma das salas havia uma mesa com duas cadeiras, uma de
frente para a outra. Marina ocupava um dos assentos e 1400 pessoas se revezavam
no outro. A artista permanecia em silêncio olhando para quem estivesse a sua
frente.
Vamos voltar ainda mais no tempo: 30 de novembro
de 1975. Uwe Laysiepen, mais conhecido como Ulay, encontrou
Marina em algum aeroporto de Amsterdã. Juntos, fizeram a filmagem de uma
performance chamada "Thomas Lips". Naquele momento, entre Ulay e Marina, iniciou-se um intenso amor. Porém,
havia um empecilho: Marina era casada. Dois anos mais tarde, ela divorciou-se de
seu marido e foi atrás de sua verdadeira paixão: Uley. Eles viveram juntos por
12 anos, mantendo além de seu relacionamento, a parceria no mundo artístico.
Avancemos
novamente: 1987, muralha da China. Essa seria a última
performance de Marina e Ulay juntos e também o marco do fim do romance dos
dois. Marina estava no lado leste e Ulay no oeste. A caminhada dos dois durou 3
meses, quando finalmente se encontraram e disseram adeus definitivamente.
Voltemos a março de 2010. Ulay apareceu para
prestigiar “The artist is present” de
seu ex amor. Sentou-se na cadeira em frente a ela. Quando Marina abriu os
olhos, não conteve a emoção. Primeiro veio um sorriso discreto. Depois surgiram
as lágrimas. Por último, um gesto: estendeu os braços por cima da mesa,
entrelaçando-os com os de Ulay. Receberam aplausos. Então, ela retirou os
braços, secou as lágrimas e voltou a fechar os olhos, abaixou a cabeça e esperou
a próxima pessoa que sentaria em sua frente.
O fim desse forte amor deixou Marina em frangalhos. Em
sua sétima autobiografia, intitulada “The Life and Death of Marina Abramović”, ela escreve um tanto disso. Entregue nas mãos do
encenador Bob Wilson, a obra foi adaptada para os palcos em 2011. Dois artistas
incríveis juntos, em mais uma excelente parceria de Marina.
Aí fui pega por uma vontade repentina de comer doces. Pensei seriamente em comprar um trufa com muito chocolate derretendo. Mas sou uma pessoa forte e determinada (mais ou menos, mais ou menos) e fiz meu próprio bolo de chocolate, adaptado de umas 500 receitas que peguei na internet, hahaha. Ficou bom, então, vim dividir por aqui:
Ingredientes:
100g de batata doce cozida
1 ovo inteiro e 1 clara
1 e 1/2 colher de sopa de caseína de chocolate (ou cacau em pó, ou whey protein de chocolate)
6 gotas de essência de baunilha
1 colher de chá de fermento
Bati tudo no liquidificador e acrescentei um pouco menos de uma colher de sopa de água. Coloquei um pouco de adoçante também. Depois, coloquei em um recipiente e levei ao micro-ondas por 4 minutos em potência alta.
Calda:
meia colher de sopa de caseína quanto baste de leite desnatado
Fui misturando de pouco em pouco o leite, até ficar uma sopinha não muito aguada, furei o pedaço de bolo com um garfo e joguei por cima. Assim, pratico, rápido, nem pensei se estava bonito, só me importava comer.
A massa do bolo rendeu duas porções, cortei ao meio porque tinha ficado muito grande. Vale muito a pena pra quem não pode atacar doces por aí mas vive com desejos, tipo eu, haha.
E aqui estou eu novamente para falar desse dia incrível que foi 12 de março!
Saímos (eu e
meu namorado) de Sorocaba umas 14h30 e chegamos 16h30 no estacionamento do
Espaço das Américas. É, eu me perdi por SP, por isso demorei demais, hihi.
Pegamos uma fila imensa, os portões abriram só as 19h30. Inicialmente pegamos
a fila errada. Depois trocamos para a certa. Tomamos chuva, importante
registrar, afinal, não é fácil ser fã de Avenged Sevenfold.
Entramos no
Espaço das Américas e não ficamos em nenhum lugar privilegiado. Não conseguimos
enxergar muito bem o palco, que era baixo demais, mas não ligo. Eu estava lá,
sentindo a vibração da música ao vivo, sabendo que estava a poucos metros de
músicos que são mais do que importantes pra mim. Minha companhia compensou
qualquer coisa ruim . Ele me levantou várias vezes para que eu pudesse enxergar
o palco.
E os que
preferem ver show pela TV com a desculpa de “melhor que estar no meio de um
monte de gente sem conseguir ver nada” me desculpem, mas é mentira. Ou nunca
foram em um show de verdade na vida ou não tem condições e tem vergonha de
admitir. Estar no meio da galera, ainda que tenha que ver os melhores momentos
pelo telão, não pode ser substituído pela TV. O som não é o mesmo, a energia
não é a mesma, enxergar os corpos em cima do palco, logo alí, pertinho de você,
não é como ver pela TV. Show é show, independente das circunstâncias e sempre
vai ser melhor do que ficar em casa.
Não tenho
muito o que falar do dia, então, vou deixar aqui algumas fotos que tiramos por lá:
Johnny e Shadows
Uma de muito longe que dá pra ver direito o palco, afinal, eu tive que ir comprar bebida no meio do show, hahaha!
Tentativa frustrada de fotografar o Arin
Synyster ♥
Zacky ♥
Por fim, a setlist:
Shepherd Of Fire Critical Acclaim Beast and the Harlot Hail To The King Doing Time Buried Alive Seize The Day Nightmare Eternal Rest Solo do Synyster
Afterlife This Means WarAlmost Easy
Unholy Confessions
A Little Piece of Heaven
E a
hospedagem na casa dos pais do meu namorado também foi incrível! Dia muito
feliz MESMO.
*Fotos não eram permitidas, peguei algumas que encontrei pela internet para ilustrar esse post =)*
Única foto que eu pude tirar por lá, na entrada do Museu
É claro que a parte mais importante da minha ida a São Paulo no dia 12 de março foi o show do Avenged Sevenfold que aconteceu no Espaço das Américas. Ter um show da minha banda preferida no Brasil apenas um dia depois do meu aniversário fez de mim uma pessoa muito mais feliz. PORÉM, antes de falar sobre o show, quero falar sobre a exposição David Bowie no Museu da Imagem e do Som de São Paulo, que eu visitei dia 13.
Do meu medo do clipe de Life on Mars? quando eu era mais nova até a completa admiração por David Bowie levou certo tempo. Mas quando eu tive o prazer de conhecer melhor o grande artista que esse homem é, me surpreendi. Seja como ator, cantor, compositor, músico, revolucionário nas artes, ou qualquer outro atributo que possa descrevê-lo, Bowie é sempre um artista completo, cuidadoso com tudo que envolve sua carreira. Na mostra, é possível entender um pouco da mente brilhante desse homem, ver de perto 47 figurinos icônicos (a parte que mais me emocionou), conhecer seu processo de criação e ver um pouco de suas obras. Por vários momentos me vi com os olhos cheios de lágrimas.
O toque especial ficou por conta dos fones de ouvido que pegávamos na entrada e mudavam os sons conforme você ia andando pelas salas. Logo na porta da exposição podemos ver o macacão de vinil Tokyo Pop, usado na turnê Aladdin Sane, feito pelo excelente estilista Kansai Yamamoto (que dá seu depoimento sobre sua parceria com Bowie durante um dos vários vídeos que podemos ver percorrendo a expo).
Durante a exposição é possível ver capas de discos, livros que inspiraram Bowie, obras de artes originais, cartazes de filmes (como Uma Odisséia no Espaço e Laranja Mecânica), bilhetes, chave de apartamento, rascunhos de músicas, músicas originas, partituras, instrumentos musicais, desenhos de cenários entre outras coisas. Tudo muito bem exposto e organizado. Alguns manequins onde os figurinos estavam possuíam os traços de Bowie e por vezes achei que poderiam ganhar vida e sair andando por alí, hehe.
Uma das partes que mais me encantou foi a sala cheia de espelhos contendo apenas um manequim e um telão. O manequim vestia o mesmo figurino e apontava para frente como Bowie fez ao apresentar Starman no programa Top of The Pops em 1972. Esse, aliás, era o vídeo reproduzido no telão atrás do manequim. Me senti como se estivesse no mesmo lugar que ele. Pra onde você olha, além de sua própria imagem refletida, vê também Bowie cantando no Top of The Pops. O efeito causado pelos inúmeros espelhos é sensacional!
Mais adiante, uma tela exibindo cenas de filmes que Bowie participou, com peças usadas por ele em longas (como o cajado de Jareth, de Labirinto ou o capacete que mais parece uma peruca de Warhol / Basquiat). Logo em seguida tem alguns outros figurinos de turnês. Me emocionou muito ver dois usados por ele em uma apresentação no Saturday Night Live, em 1979. A primeira foi a roupa gigante usada para tocar The Man Who Sold The World. Mas quase caí para trás ao ver a que ele usou em TVC 15, um uniforme de comissária de bordo chinesa, na cor azul, com saia e tudo. O principal, que eu realmente não esperava ver, foi o famoso poodle rosa que tem uma tela na boca. Pensar que Bowie vestiu aquelas mesmas roupas e fez história com elas foi sensacional!
Mas a sala mais legal era uma que tinha um telão circulando o ambiente, onde passavam apresentações de Bowie usando figurinos expostos logo abaixo. A riqueza dos detalhes das vestimentas são impressionantes! Fiquei muito tempo parada lá, só admirando. Os mais bonitos são da turnê Aladdin Sane, mas sem dúvidas fiquei mais emocionada por ver os figurinos de Ziggy Stardust (e mais pra frente, o próprio de Life on Mars?). Não sei nem explicar a sensação que tive quando me deparei com roupas usadas por Bowie na época de Ziggy. Pensei na história toda, na época toda. Quase chorei por mal acreditar que estava diante daquelas roupas! Só posso lamentar por não ter nascido pra ver isso na década certa, haha.
Eu poderia ficar aqui falando sobre a técnica cut up usada por Bowie - e amplamente mostrada na exposição -, sobre filmes feitos por ele, comentar todos os figurinos expostos, mas vou parar por aqui e deixar esses assuntos para posts futuros, afinal esse aqui já está extenso demais! Volto depois pra contar sobre o show, só preciso me “desapaixonar” um pouquinho do Bowie pra conseguir escrever sobre isso! :D
A exposição David Bowie foi organizada pelo Victoria and Albert Museum de Londres e está no MIS de São Paulo até 20 de abril de 2014. RECOMENDO MUITO!
Tenho uma caixa onde guardo lembranças de momentos e coisas importantes pra mim. Entre minhas relíquias encontram-se tickets de shows, pulseiras de eventos, cartas, cartões, pequenos objetos de viagens, cartões de hotel, enfim. Vou mostrar algumas coisas que tenho guardadas por aqui e escolhi começar pelos ingressos para shows do Avenged Sevenfold:
Meu primeiro show do Avenged, dia 11 de outubro de 2010, no SWU de Itu. Dia inesquecível. Peguei um bom lugar, mas daí comecei a passar mal e tive que ir mais pro fundo. Mesmo com esse pequeno acidente, não estragou a magia que foi esse show pra mim. Mike Portnoy na bateria foi foda.
Menos de seis meses depois, lá estava eu em outro show do A7x, dessa vez no Credicard Hall em São Paulo. Tive uma ótima visão para o palco, embora fosse nas cadeiras menos procuradas, nunca entendi isso xD
Show de São Paulo, no Espaço das Américas, que vai acontecer amanhã! Mal posso esperar. Depois de sofrer horrores por não ir ao Rock in Rio vê-los, amanhã novamente poderei ir a um show deles ♥
Hoje completo 23 anos e, como já tinha falado antes por aqui, o melhor presente que eu poderia receber é ir a um show deles. Obrigada mãe por me fazer uma pessoa muito mais feliz! E obrigada namorado pela companhia e hospedagem em SP, hihi! :)
PS: câmera de merda que o Iphone tem! NINGUÉM merece! u.u
Não sabia
como começar esse texto. Decidi iniciar com essa frase: sou muito fã de Johnny
Depp. Eu realmente ADORO esse cara! Amo a maneira como ele incorpora seus
personagens, desde os clássicos como Edward Mãos de Tesoura, Willy Wonka,
Capitão Jack Sparrow e Chapeleiro Maluco, até aos menos conhecidos. Claro que
em alguns papéis não morro de elogios por ele, como é o caso do Tonto do
recente The Lone Ranger (achei muito “jacksparrizado”).
Mas o que eu queria mesmo mostrar aqui são sobre dois filmes que me fizeram
babar pela interpretação de Depp e me apaixonar eternamente pelo seu trabalho. Como
nem tudo são rosas, trouxe também dois que, se não fossem pela presença de Depp
eu nem suportaria assistir...
Benny &
Joon – Corações em Conflito (1993)
É comédia
romântica, mas não é clichê. A história é sobre uma moça (Joon) com problemas
mentais que mora com seu irmão (Benny). Certo dia Benny leva Joon até o lugar
onde ele costuma jogar. O que ele não imagina é que Joon vai fazer uma aposta e
perder o jogo. O resultado? Benny terá que abrigar em sua casa Sam
(interpretado por Depp), um cara excêntrico fã de Chaplin. Depp atua lindamente
nesse filme, em meu ver uma de suas melhores interpretações. História doce,
daquelas que você pode assistir novamente mil vezes sem cansar!
Gilbert
Grape – Aprendiz de Sonhador (1993)
Esse filme
me fez rever os (pré) conceitos que eu tinha quanto a Leonardo Di Caprio como
ator. Ele deu um show de intepretação e foi melhor que o próprio Depp nesse filme.
No longa, Depp interpreta Gilbert, o irmão mais velho de uma família
problemática. DiCaprio interpreta seu irmão mais novo, Arnie, que tem problemas
mentais e pode morrer a qualquer instante. A mãe deles é obesa e sofre muito
com isso. Um enredo muito bom, e cenas bem desenvolvidas.
Inimigos Públicos
(2009)
A história
se passa nos anos 30 e Johnny Depp interpreta o mafioso John Dillinger,
perseguido pelo FBI. Já não gosto de ação e os tiros ocupando grandes cenas do
filme me tiraram o interesse. Aí o grande mafioso que foge de tudo quanto é
policial conhece uma garota num bar e se
apaixona perdidamente, do tipo que jura amor eterno a ela sem nem saber quem de
fato a criatura é. E AINDA CONFESSA QUE É O LADRÃO PROCURADO PELO FBI! E olha
que aguentei mais de duas horas de filme pra ver se em algum momento esse
negócio se tornaria interessante. Não dá, uma história terrível, cenas
terríveis, TERRÍVEL!
Diário de
um Jornalista Bêbado (2011)
Claro que, como qualquer filme onde o
protagonista é um jornalista, eu precisava assistir esse. Criei grandes expectativas
pois Depp interpreta Paul Kemp, o tal jornalista alcoólatra. A história é um porre mesmo. Daqueles que te
deixa de ressaca e mal-humorado depois. Dispensa maiores comentários. Nem o
jornalismo, nem o álcool e nem Depp salvaram esse filme.
Termino o
post contando que no último sábado, 8 de março, fui assistir a uma peça teatral
aqui na minha cidade (Sorocaba). A peça? Sweeney
Todd – O Barbeiro do Fim da Rua, dirigido por Hamilton Sbrana. Aí
automaticamente me lembrei de Depp que interpretou Todd em Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua
Fleet em 2007 (uma de suas incríveis parcerias com Tim Burton ♥)